Irina Costa foi uma das mulheres que frequentou e completou o estágio. Sobre esta nova etapa, disse estar orgulhosa por fazer parte do "primeiro grupo de mulheres ao volante de máquinas" pesadas.
Citada pelo Jornal de Angola, a estagiária disse que se trata de "um desafio que acresce responsabilidade e desperta alguma curiosidade pelos homens estarem habituados a deter o monopólio sobre o ofício".
É "um orgulho integrar o primeiro grupo de mulheres ao volante de máquinas" assim, acrescentou.
Segundo Emídio Sacomboio, técnico de Alianças e Parcerias, trata-se da primeira vez que mulheres, neste caso quatro, ficam aptas a operar maquinaria pesada na mina.
Esta habilitação, adiantou, é resultado da finalização do estágio que foi dado pela academia.
Apesar de ser um ramo geralmente dominado por homens, o técnico expressou satisfação com o desempenho das novas operadoras de máquinas de mineração, que fazem parte de um conjunto de 71 alunos vindos de vários estabelecimentos de ensino do país que tiveram a oportunidade de fazerem estágio na Catoca, por causa de acordos assinados.
Segundo Emído Sacomboio, essa mudança na visão da empresa é inédita nos seus aproximadamente trinta anos de história da mina, ao mesmo tempo que destaca a necessidade de promover ambientes inclusivos e de combate a estereótipos.
Já Henrique Muxito, chefe de secção de treinamento operacional, disse ser importante manter a iniciativa, bem como resgatar habilidades de mulheres no anonimato devido à restrição de oportunidades, escreve o Jornal de Angola.
Refira-se que, entre as actividades do estágio esteve a condução obrigatória de escavadoras e camiões utilizados para transportar cascalho.