Entre as 39 galerias que participam este ano na AKAA, a decorrer entre 18 e 20 de Outubro, no Carreau du Temple, estão a Movart e a This is Not a White Cube, com espaços em Luanda e Lisboa, segundo um comunicado da feira.
Primeira e principal feira de arte contemporânea centrada em África a ser realizada em França, irá, na sua 9.ª edição, "continuar a realçar as conversas que África mantém com as Américas e as Caraíbas, em particular ao destacar a cena ultramarina", segundo a organização.
A feira, "reflete uma África com muitas facetas que transcende fronteiras e cujas vozes ressoam em todo o mundo, levadas pela visão de cada artista", contextualiza a organização num primeiro comunicado sobre o certame, onde elenca as galerias já seleccionadas pelo comité constituído pelas curadoras Bénédicte Alliot, Ifeoma Dike, Anne Villepois e Victoria Mann.
Com cerca de metade de galerias francesas, além das duas galerias de Angola e uma de Portugal, estarão também representados o Uganda, África do Sul, Estados Unidos, Itália, Holanda, Luxemburgo, Egipto, Suíça e Bélgica.
A galeria Movart, fundada em Luanda em 2017, com espaço também em Lisboa desde 2020, é um projecto de Janire Bilbao que tem vindo a estar presente em feiras de arte em Madrid, Paris, Londres, Nova Iorque e Miami.
Actualmente, em Luanda, dedica-se sobretudo a apoiar projectos de residências de artistas para a descoberta de novos talentos, enquanto em Lisboa promove exposições que têm como objectivo introduzir novos nomes no mercado da arte.
This is Not a White Cube é outra galeria nascida em Luanda e também com espaço em Lisboa, que trabalha com artistas emergentes e já estabelecidos, e cujo programa de actividades se concentra em discussões associadas ao continente africano e a sua diáspora, mas não exclusivamente à criação artística lusófona.
A AKAA é um dos eventos que fazem parte da Semana de Arte de Paris do outono, e dedica-se às cenas artísticas de África e das suas diásporas, desafiando o público para a descoberta de artistas que reivindicam uma ligação na sua prática ao continente africano.
"Um olhar contemporâneo sobre estas cenas artísticas que ultrapassa as fronteiras geográficas, aberto ao diálogo, à descoberta e ao espanto, sem clichés nem preconceitos", sublinha a organização, que mais próximo do certame de arte e design irá avançar com os nomes dos artistas presentes.