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Japão financia com meio milhão de dólares desminagem de município da Quibala

Um financiamento do Governo japonês de meio milhão de dólares permitiu desminar mais de um milhão de metros quadrados de terras no município da Quibala, província do Cuanza Sul, anunciou esta Terça-feira a embaixada do Japão em Angola.

: Facebook Centro Nacional de Desminagem-Angola
Facebook Centro Nacional de Desminagem-Angola  

Uma nota de imprensa daquela missão diplomática, a que a agência Lusa teve acesso, refere que o projecto de desminagem, financiado em Março de 2022, com o valor de mais de 580 mil dólares, encerra na Quarta-feira.

O projecto implementado pela Associação de Profissionais Angolanos de Acção contra Minas (Apacominas) desminou 1.044.034 de metros quadrados de terras e removeu 2.347 artefactos, entre os quais 42 minas explosivas.

Na nota realça-se que a limpeza daquela zona visou "criar uma vida mais segura aos residentes na área face aos perigos das minas e outros benefícios".

Os parceiros deste projecto foram a Agência Nacional da Acção contra Minas (ANAM), o governo provincial do Cuanza Sul e a administração municipal da Quibala.

O Governo do Japão apoia vários projectos locais em Angola, nomeadamente o programa de Assistência a Projectos Comunitários (APC) desde 1989 e o de Assistência a Projectos de Organizações Não-Governamentais japonesas.

Desde 1999, o país nipónico apoiou vários projectos comunitários na área de desminagem que ultrapassam 16 milhões de dólares não reembolsáveis.

Os acidentes com minas em Angola ainda são recorrentes, fruto de mais de três décadas de guerra, com vários intervenientes, sendo vários os operadores de organizações não-governamentais e do Estado angolano, que, no terreno, desenvolvem as acções de desminagem.

Angola libertou 90 por cento das áreas suspeitas de contaminação por minas, entre 2015 e 2020, segundo as autoridades do país, ainda assim continua a integrar a lista dos dez Estados mais contaminados no mundo.

Com mais de 100 quilómetros quadrados de terras suspeitas de terem minas terrestres e outros vestígios de armamento, 21 anos depois do fim da guerra, o país continua a registar mortes e mutilações dos seus cidadãos.

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