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Muçulmanos lamentam falta de reconhecimento em Angola e “silêncio das autoridades”

O Conselho Islâmico de Angola (Consia) lamentou esta Terça-feira a falta de reconhecimento desta crença religiosa no país e o “silêncio das autoridades” angolanas sobre o assunto, referindo que Angola “precisa de acreditar no islão por ser um costume internacional”.

: Facebook Conselho Islâmico de Angola
Facebook Conselho Islâmico de Angola  

"O islão não está reconhecido em Angola, continuamos sem sermos acreditados, existem cerca de 90 igrejas cristãs em Angola, então, do ponto de vista dos direitos fundamentais, quanto à liberdade de crença e religião em Angola só reconhece o cristianismo", disse à Lusa o secretário-geral do Consia, David Já.

Segundo o responsável, o reconhecimento do islão em Angola, cuja presença no país dura há mais de 50 anos, continua "sem qualquer resposta" por parte das autoridades.

"Não tem havido nenhuma resposta [das autoridades] quanto ao islão, temos estado a aguardar, vamos acreditar que de princípio o Estado é uma pessoa de bem e, então, vamos aguardar ansiosamente", frisou.

O líder muçulmano deu conta que Angola conta actualmente com 176 mesquitas espalhadas pelas 18 províncias do país e realçou que Angola "é o único país africano" onde o islão não está reconhecido.

"Angola é o único país de África onde o islão não está reconhecido, quando até o islão está em todo o canto do mundo", sustentou.

"Estamos esperançados que o Estado [angolano] venha a acreditar a religião islâmica, Angola precisa apenas acreditar, porque é um costume internacional, estamos em Angola há mais de 50 anos", disse.

David Já criticou ainda o que denomina por "xenofobia islâmica" considerando que o muçulmano também é cidadão com direitos e deveres.

A ex-ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, actualmente presidente do parlamento, anunciou, em Janeiro de 2019, durante a discussão na especialidade da Lei sobre a Liberdade de Religião, Crença e Culto que o Governo "acompanha a evolução do islamismo no país" e que "brevemente tomaria uma posição".

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