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Angola e Namíbia juntam-se para desenvolver projecto de cirurgias oftalmológicas

Angola e Namíbia vão unir forças, através das fundações Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário e Dra. Martha Namundjebo-Tilahun (da Namíbia), para desenvolverem em Angola um projecto para a concretização de cirurgias oftalmológicas.

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"A Fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário (FDC) e a Fundação Dra. Martha Namundjebo-Tilahun, da Namíbia, vão desenvolver em Angola um projecto para a realização de cirurgias oftalmológicas", informa o Governo, em comunicado, a que o VerAngola teve acesso.

Segundo a nota, a informação foi avançada por Martha Namundjebo, patrona da fundação da Namíbia, nesta Quinta-feira, no Hospital Geral de Luanda, "onde acompanhou a cerimónia de entrega de certificados aos 92 médicos e enfermeiros que participaram na formação sobre cirurgias ortopédicas de alta complexidade, no âmbito da cooperação" com a FDC, cuja patrona é a primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço.

O governo informa igualmente que, "paralelamente à formação, as cirurgias ortopédicas" já acontecem no Hospital Geral de Luanda, também com a parceria do Internacional Extremity Project (IEP).

Na ocasião, Martha Namundjebo referiu que a colaboração com Angola mostra que a liderança de ambos os países tem o "povo no coração".

"Em primeiro lugar quero agradecer à primeira-Dama da República de Angola por ter organizado este encontro, por ter proporcionado outro modo de vida às pessoas aqui em Angola e, também, uma boa relação entre os dois países", indicou, citada na nota.

Refira-se que a parceria apareceu em 2018, quando Martha Namundjebo propôs o desafio a Ana Dias Lourenço, "de promover processos de cirurgias complexas para os angolanos".

"Na altura, com os médicos do International Extremity Project na Namíbia decidiu-se que alguns pacientes se deslocassem a Windhoek para cirurgias, mas devido a constrangimentos impostos pela pandemia da covid-19 só foi possível enviar três médicos à Namíbia para experiências, participando de algumas cirurgias", refere a nota, que acrescenta que uma vez superada a fase de restrições da pandemia a FDC "desenvolve esta iniciativa em parceria com a Fundação Dr. Martha Namundjebo-Tilahun e o International Extremity Projet".

Quase 100 profissionais capacitados em cirurgias ortopédicas de alta complexidade

Um total de 92 profissionais (médicos e enfermeiros ortopedistas e neonatologistas) "beneficiaram de uma formação sobre novos procedimentos e técnicas cirúrgicas ortopédicas nos hospitais Geral de Luanda e Materno-Infantil Azancot de Menezes", refere um outro comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso.

Segundo a nota, nesta Quinta-feira, os referidos profissionais receberam da primeira-dama da República os seus certificados de participação.

Na cerimónia, que teve lugar no Hospital Geral de Luanda, Ana Dias Lourenço "encorajou os recém-capacitados a consolidarem os conhecimentos adquiridos", dizendo esperar "contar com um número maior de médicos nacionais".

"Os meus profundos agradecimentos a todos os envolvidos nesta missão e que esta iniciativa possa incentivar-nos a fazer sempre o nosso melhor para que sejamos todos agentes de mudança na nossa sociedade", disse ainda, citada no comunicado.

Antes da cerimónia, Ana Dias Lourenço efectuou uma visita aos pacientes que realizaram cirurgias ortopédicas, com o apoio da fundação da qual é patrona. Na visita, a primeira-dama ofereceu flores, assim como "deixou palavras de conforto e um diploma de bravura a todos os pacientes".

"As famílias, que vêem hoje os seus filhos a beneficiar destas intervenções, viverão com a certeza e a alegria de uma vida com menos obstáculos", disse Ana Dias Lourenço, em declarações à imprensa.

De acordo com um outro comunicado, a responsável salientou o facto de os beneficiários deste tipo de cirurgias poderem, daqui para a frente, desfrutar de coisas "tão simples como brincar, jogar à bola ou calçar sapatos, ir à escola sem sofrer discriminações".

"Para estes meninos e meninas, e para as suas famílias, estas intervenções cirúrgicas são a certeza de uma vida nova, uma vida com mais dignidade e felicidade. Foi este propósito, o de ajudar a construir uma sociedade mais inclusiva, que me incentivou a realizar esta iniciativa", indicou, citada na nota.

De acordo com o comunicado, "mais de cinquenta pacientes, com idades entre três meses e 23 anos, com de pé boto, vulgarmente conhecido como pé torto, e outras deformidades nos membros inferiores estão a ser operados desde 1 de Julho, no Hospital Geral de Luanda".

Trata-se de uma iniciativa da FDC, no quadro da parceria com a fundação namibiana e o IEP.

Segundo o comunicado, as cirurgias decorrem até 10 de Julho, no referido hospital, estando a ser concretizadas por "por médicos ortopedistas nacionais e estrangeiros, no intuito de reduzir o número de pacientes em lista de espera para cirurgias complexas e com junta médica para o exterior do país".

Os beneficiários são das diversas províncias do país, nomeadamente Luanda, Huíla, Huambo, Benguela, Cuando Cubango, Cabinda, Bié e Lunda Norte.

Este programa de cirurgias tem ainda o apoio do Ministério da Saúde, Associação dos Ortopedistas de Angola e da Chevron.

"Sem o apoio e recursos disponibilizados por essas instituições não seria possível realizar a missão com tanto profissionalismo e dedicação", completou.

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