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País gastou 549 milhões para importar 68 por cento das necessidades de combustíveis

O Governo desembolsou, no segundo trimestre deste ano, 549 milhões de dólares para importar 68 por cento das mais de um milhão de toneladas métricas de combustíveis comercializadas neste período.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

De acordo com o Sumário da Actividade Comercial no Mercado dos Derivados do Petróleo referente ao II Trimestre de 2023, foram comercializadas 1.036.351 toneladas métricas de combustíveis líquidos, das quais cerca de 52 por cento corresponde a gasóleo, 30 por cento gasolina, 10 por ceto fuel ordoil, 6 por cento Jet A1, 1 por cento petróleo iluminante e o restante 1 por cento betume asfáltico.

As aquisições foram feitas na Refinaria de Luanda (31 por cento), na Cabgoc – Topping de Cabinda (1 por cento) e a maioria por importação (68 por cento).

O relatório sublinha que as quantidades adquiridas no período em referência representaram uma redução de aproximadamente 21 por cento em relação ao trimestre anterior.

O país contou com uma capacidade instalada de armazenagem de combustíveis líquidos, em terra, de 675.968 metros cúbicos, sendo que no final do trimestre foram registados 872 postos de abastecimento em estado operacional, dos quais 320 da Sonangol Distribuição e Comercialização (37 por cento), 79 da Pumangol (9 por cento), 56 da Sonangalp (6 por cento), 51 da TEMA – Total Energies Marketing Angola (5 por cento) e 366 de bandeira branca e agentes privados (42 por cento).

"O volume de vendas globais dos vários segmentos de negócio, isto é, retalho (B2C), consumo (B2B) e bunkering no período em referência foi de aproximadamente 1.174.829 TM, registando um acréscimo de cerca de 7 por cento em relação ao trimestre anterior", realça o documento.

A Sonangol Distribuição e Comercialização mantém a liderança com 63,5 por cento da quota de mercado em volume de vendas, seguida da Pumangol com 20,9 por cento, da Sonangalp com 7,9 por cento e da Total Energies Marketing Angola com 7,7 por cento.

Relativamente aos combustíveis gasosos, designadamente gás de petróleo liquefeito, os dados indicam a introdução no mercado interno cerca de 95.275 toneladas métricas de gás de cozinha, das quais, 66 por cento provenientes da Fábrica Angola LNG, 26 por cento do Sanha, 4 por cento da Refinaria de Luanda e 3 por cento do Topping de Cabinda.

Em relação ao trimestre anterior, registou-se um decréscimo de aproximadamente 1 por cento na aquisição de gás de petróleo liquefeito para o mercado interno, realçando-se que neste segmento, o país contou com uma capacidade instalada de armazenagem, em terra, de 10.927 toneladas métricas.

No que se refere às vendas, o registo é de um total de 108.640 toneladas métricas, o que representou um aumento de 9 por cento em relação ao trimestre anterior, tendo a Sonangol Gás e Energias Renováveis liderado a comercialização do mercado, com uma quota de 79 por cento, seguida pela Saigás, com 11 por cento, a Progás, com 4 por cento, a Gastem, igualmente com 4 por cento, e a Canhongo Gás, com 2 por cento.

As províncias que mais consumiram o GPL foram Luanda (58 por cento), Benguela (10 por cento), Huíla (6 por cento), Huambo (4 por cento) e Cabinda (3 por cento), representando aproximadamente 81 por cento do consumo nacional.

Já no capítulo dos lubrificantes, o sumário aponta um volume de cerca 10.146 toneladas métricas comercializados no mercado interno pelas principais empresas, representando um aumento de aproximadamente 12 por cento em relação ao trimestre anterior.

Do volume total comercializado acima descrito, 1.834 toneladas métricas são de produção nacional (18 por cento), mas a maioria das 8.311 toneladas métricas foi importada (82 por cento).

A Sonangol Distribuição e Comercialização liderou as vendas no mercado de lubrificantes com uma quota de 18,1 por cento do total, seguida pela Chinangol com 9,6 por cento, Pumangol com 7,4 por cento, Cosal com 6,53 por cento e Lubritec com 6,51 por cento.

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