Ver Angola

Desporto

Marcos Antunes diz que falta de dinheiro é a principal dificuldade do futsal angolano

O seleccionador angolano de futsal, o português Marcos Antunes, disse este Domingo à Lusa que a maior dificuldade que enfrenta é a situação financeira que a federação da modalidade se debate, mas acredita em soluções para um futuro melhor.

: Facebook Federação Angolana de Futsal - fafusa
Facebook Federação Angolana de Futsal - fafusa  

"Não sou muito de me queixar ou ver as coisas como problemas. Foco-me essencialmente nas soluções. A maior adversidade que temos é, estruturalmente, a nível financeiro, porque é extremamente importante para tornar exequível todos os nossos projectos, e sem verbas é extremamente difícil conseguir", disse.

O seleccionador garantiu que, juntamente com a Federação Angolana de Futsal (Fafusa), tem procurado soluções para fazer face às dificuldades financeiras.

"Juntamente com a direcção da Fafusa, procuramos patrocinadores que nos permitissem fazer verdadeiros milagres. Numa altura difícil, conseguimos já fazer três estágios, um em Luanda, um no Namibe e o último na Huíla. Estágios com condições muito, mas muito boas, proporcionadas pelos Governos Provinciais locais, parceiros de excelência neste processo de crescimento do futsal angolano", referiu.

Marcos Antunes salientou que o futsal angolano evoluiu muito nos últimos anos e destacou o interesse que a modalidade desperta no país e a qualidade dos jogadores que já "passa fronteiras".

"Se compararmos a nível temporal, podemos dizer que está realmente melhor, mais visível, mais organizado. Mas isso só não chega. Estamos a falar de uma modalidade que enche espaços ao ar livre e pavilhões. No último Nacional de 2022, no Namibe, todos os dias tínhamos quatro mil pessoas no pavilhão, a ver jogos, tanto no feminino como no masculino. As pessoas têm vontade de continuar a fazer crescer a modalidade, mas falta mais diálogo, mais sinergias, mais entreajuda", defendeu.

Face as dificuldades encontradas, e com vista a ajudar a melhorar o futsal angolano, Marcos Antunes disse que com a ajuda da federação tem implementado vários projectos virados para formação e massificação da modalidade em território angolano.

"Sou da opinião clara que ninguém faz nada sozinho. E aqui a direcção da Fafusa e o seu presidente têm sido uns verdadeiros heróis. Criámos o Projecto Njozi, e operacionalizamos no terreno o mesmo, apostando nos escalões de formação. Oferecemos bolas, mas sobretudo estivemos presentes, trazendo a nossa ideia e metodologia de trabalho", explicou o seleccionador.

Marcos Antunes acredita que com o seu livro, intitulado "De São Martinho de Mouros à Tundavala", e que vai ser apresentado em breve em território angolano, a federação vai passar a contar com mais um instrumento para desenvolver o futsal angolano.

O treinador português manifestou ainda vontade de apurar a selecção angolana no Campeonato Africano e no Mundial, em 2024.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.