O documento – cujos signatários foram a ministra das Finanças, Vera Daves, e o vice-presidente da IFC para África, Sérgio Pimenta – além de visar a implementação do seguro agrícola, também pretende dar protecção aos agricultores relativamente aos prejuízos provocados pelas condições meteorológicas.
Ao falar na ocasião, de acordo com uma nota do Ministério das Finanças a que o VerAngola teve acesso, a ministra das Finanças realçou que "este acordo não resolverá todos os problemas relativos aos seguros dos empreendedores do agro-negócio, contudo servirá para uma melhoria substancial e será um importante ponto de partida para a mudança de paradigma relativamente a este seguro tão sensível para as seguradoras nacionais".
Vera Daves disse ainda, citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA), que "permitirá igualmente desenvolver a capacidade do mercado de seguros para aplicar análise de risco climático na priorização da cadeia de valor agrícola, aplicar dados baseados em satélite no desenvolvimento de produtos de seguro e gerir o risco de base"
Por sua vez, Sérgio Pimenta referiu que vão trabalhar com a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), no sentido de a agência conseguir "avaliar a possibilidade de estabelecer mecanismos de resseguro que criam incentivos para que as empresas de seguro disponibilizem produtos relacionados com o risco climático no mercado".
"Neste programa utilizaremos o nosso expertise global para que a ARSEG possa avaliar a possibilidade de estabelecer mecanismos de resseguro que criam incentivos para que as empresas de seguro disponibilizem produtos relacionados com o risco climático no mercado. Também avaliaremos a demanda e a capacidade de pagamento dos agricultores para tais produtos, que expandindo as actividades agrícolas comerciais e em regime de agricultura familiar e também melhorando os meus de subsistência dos agricultores ao desbloquear o acesso ao financiamento, uma vez que os bancos utilizam os seguros para mitigar os desafios induzidos pelos riscos climáticos", disse, citado pela RNA.
Já Hélder Serrão, da ARSEG, citado pela RNA, disse tratar-se de "um know-how que não é abundante em Angola e é esse know-how que vem com a IFC e é um protocolo de assistência técnica que na verdade é uma parceria e que não há qualquer custo da ARSEG em relação ao IFC e vice-versa".
Além disso, de acordo com o comunicado do Ministério das Finanças, foi também rubricado "pela administradora da Sonangol, Olga Sabalo, a decisão unânime dos accionistas da Unitel para a contratação da IFC para apoio técnico na definição e implementação da estratégia de reprivatização da Unitel".
