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Girafas da Namíbia chegam a Angola. Parque Nacional do Iona vai acolhê-las

O Parque Nacional do Iona vai passar a ser a ‘casa’ de um total de 14 girafas provenientes da Namíbia. Os animais, nove fêmeas e cinco machos, foram recebidos esta Quarta-feira pelo parque.

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Segundo um comunicado da Administração Municipal do Tômbwa (província do Namibe) – onde se situa o parque – a libertação dos animais teve lugar na localidade do Vale do Muende, na comuna de Iona, depois de "um percurso terrestre da Namíbia até Tômbwa (Iona)".

O acto foi testemunhado por Archer Mangueira, governador provincial do Namibe, que na ocasião referiu que esta é "uma conquista importante e um passo contínuo no repovoamento do Parque Nacional do Iona".

Citado no comunicado, a que o VerAngola teve acesso, o governador disse ter sido "emocionante ver o retorno das girafas" ao país. "Testemunhamos um momento importante com a reintrodução das catorze girafas. Temos o maior parque de Angola com uma rica biodiversidade e precisamos continuar repovoando. Foi emocionante ver o retorno das girafas a Angola, já que as girafas angolanas são uma referência mundial. Parabenizo a gestão do parque e nossos parceiros por estarem cumprindo os acordos estabelecidos com o Governo angolano", referiu Archer Mangueira.

O governador concluiu dizendo: "Trouxe a minha delegação e as autoridades tradicionais, que fazem parte desse processo de integração. Reconhecemos que ainda há muito a ser feito em termos de consciencialização e acomodação das comunidades, mas estamos trabalhando em conjunto com a African Park, fazendo tudo o que podemos para tratar as comunidades da melhor maneira possível".

Já Albertina Nzuzi, representante do Ministério do Ambiente, disse haver um protocolo de entrada e saída entre ambos os países, visto que as "girafas são espécies protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES)", à qual o país aderiu.

"Havia um protocolo de entrada e saída entre Angola e Namíbia, pois as girafas são espécies protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES), à qual Angola aderiu. É importante mencionar que Angola já possuía girafas nas décadas de 80, mas elas foram extintas e algumas migraram", referiu.

Por sua vez, Sango de Sá, administrador do Parque do Iona, prestou esclarecimentos acerca do processo de monitorização das referidas girafas. "Essa actividade foi devidamente planeada. Começamos com um programa de recrutamento de jovens que actuavam como observadores comunitários. Aqueles que demonstraram maior dedicação foram selecionados e treinados. Iniciamos com 40 candidatos e aprovamos 21, que foram treinados como observadores da vida selvagem. Além disso, teremos comunicação com nossa sala de controle por meio de colares GPS, que fornecerão informações precisas sobre a localização das girafas dentro do parque, possibilitando um acompanhamento mais específico de seu desenvolvimento", indicou, citado na nota.

"Com a reintrodução dessas 14 girafas, o Parque Nacional do Iona torna-se o parque com o maior número de girafas em Angola, seguido pelo Parque Nacional da Quiçama, que possui duas girafas", lê-se na nota.

Na cerimónia de libertação dos animais assinalaram presença membros do governo provincial, do Ministério do Ambiente, da Administração Comunal do Iona, assim como gestores da Africa Park e do Parque Nacional do Iona e também autoridades tradicionais.

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