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“O Estado angolano nunca vai conseguir prender Isabel dos Santos”, diz advogado da empresária

A defesa de Isabel dos Santos diz estar convencida de que o Estado angolano “nunca vai conseguir prender” a empresária e afirma que “ninguém no pleno gozo das suas faculdades” e com “noção e consciência de que não há condições objectivas para uma justiça imparcial” se meta “na jaula do leão”.

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Em entrevista à televisão portuguesa SIC, o advogado de Isabel dos Santos, Sérgio Raimundo, lembra que Isabel dos Santos também tem cidadania russa e que em "última instância" vai para a Rússia.

"Não é inteligente da parte do Estado angolano insistir nesse caminho porque eu quase que afirmo com peremptoriedade que o Estado angolano nunca vai conseguir prender a engenheira Isabel dos Santos, porque é preciso não esquecer que ela não é só angolana, ela é também cidadã russa. Em última instância ela vai para a Rússia, quem é que a vai extraditar da Rússia?", questionou o advogado, em resposta à SIC sobre se há receio de que seja emitido um mandado de detenção internacional.

A última vez que a engenheira foi chamada a apresentar-se em Angola foi no passado mês de Fevereiro. O advogado explicou que a a filha do ex-Presidente, José Eduardo dos Santos, não se recusou a comparecer e explicou que Isabel dos Santos tinha acabado de perder o marido e as fronteiras tinham sido encerradas: "Não recusou, nós justificamos a impossibilidade de ela cá estar porque tinha acabado de perder o marido, foi justamente nessa fase do convite que a Inglaterra fechou as fronteiras e não havia ligação com Angola".

Contudo, a SIC avança que mesmo que Isabel dos Santos seja de novo notificada, esta não voará para Angola. "É obvio que ninguém no pleno gozo das suas faculdades, que tem noção e consciência de que não há condições objectivas para uma justiça imparcial se venha a meter na jaula do leão", adiantou Sérgio Raimundo.

A filha de José Eduardo dos Santos, diz estar disponível a negociar para chegarem a um acordo e resolver os problemas. Na entrevista, o advogado explicou que a empresária não avançou "qualquer ideia" sobre o acordo em si, mas queria sentar-se com os representantes do Estado para, primeiro, ouvir o que é que têm como prova.

Depois uma vez confirmado, tentaria-se encontrar "os melhores caminhos para se resolver a situação", completou.

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