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Marcelo em Luanda: apoio aos artistas, uma cerveja Cuca e um passeio na praia

O Presidente da República visitou a casa atelier de Binelde Hyrcan, numa acção para dar visibilidade à criação de jovens artistas angolanos e em que no final molhou os sapatos no mar da Ilha de Luanda.

: Miguel Figueiredo Lopes (PRP)
Miguel Figueiredo Lopes (PRP)  

Depois de uma breve passagem por um centro comercial do centro de Luanda, de um almoço rápido e de um encontro restrito com o arcebispo Filomeno Vieira Dias, Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com um dos mais conceituados jovens artistas plásticos angolanos, com prestígio sobretudo no Mónaco, França e Portugal: Binelde Hyrcan.

Binelde Hyrcan, além de pinturas e outras criações da sua autoria, junta outros jovens ligados a áreas como o cinema, o teatro ou a arquitetura, envolvendo-se em equipa em projectos de recuperação de bairros degradados de Luanda.

"Ele já expôs em Serralves, é polivalente (pintura, desenho, instalações, ópera, filmes, documentários). Tem ideias originais, como seja a de ter ido a pé de Lisboa até Paris. Mobiliza um conjunto de jovens para manterem a cultura viva", salientou o chefe de Estado português no final de uma vista de cerca de duas horas, em que terminou a beber uma cerveja Cuca.

"É uma cerveja leve, como a Laurentina de Moçambique, ou algumas do Brasil", elogiou.

Mas Marcelo Rebelo de Sousa elogiou sobretudo a ideia deste grupo de jovens, impulsionado por Binelde Hyrcan, de reabilitação urbanística de zonas antigas da capital angolana, "juntando realidades novas".

"Estamos perante um animador cultural, além de um criador cultural, que viveu bastante tempo no Mónaco. Mostra uma geração diferente a recriar Angola e Luanda. É o que eles estão a fazer", acentuou o chefe de Estado.

Após a visita ao ateliê e antes de se reunir com os chefes de Estado da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe, Marcelo Rebelo de Sousa ainda arranjou tempo para ir a uma praia da Ilha de Luanda, que estava deserta por causa das restrições de confinamento impostas pelas autoridades para o combate à pandemia da covid-19.

O Presidente da República portuguesa percorreu em passo rápido o extenso areal da praia, de fato e gravata, com parte da comitiva oficial lusa, jornalistas, seguranças e polícias angolanos a correrem atrás de si.

Aproximou-se tanto do mar que veio uma onda e molhou-lhe os sapatos. Nada que o tivesse incomodado.

O Presidente das República prometeu regressar a 6 de Janeiro próximo para o casamento do jovem artista angolano. Nessa altura conta dar um mergulho no mar da Ilha de Luanda. Por agora, os mergulhos estão proibidos.

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