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Educação

Projecto quer ajudar a combater insucesso escolar em Angola, Portugal, Brasil e Moçambique

Um ‘software’ de combate ao insucesso escolar, o MAPIE, é apresentado na Sexta-feira na Marinha Grande, no distrito de Leiria (Portugal), assumindo a empresa promotora a ambição de chegar a “novos mercados”, entre os quais Angola.

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Até 2022, o objectivo interno é crescer cerca de 50 por cento e chegar a 150 agrupamentos de escolas em Portugal. Relativamente à internacionalização, a empresa pretende entrar nos mercados de Angola, Brasil e Moçambique.

Mapa de Alerta Precoce do Insucesso Escolar (MAPIE) sucede a SAPIE - Sistema de Alerta Precoce do Insucesso Escolar, projecto da associação Tempos Brilhantes desenvolvido com investigadores da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e implementado em 2018.

Desde então, SAPIE funcionou em 102 agrupamentos de escolas de norte a sul de Portugal, monitorizando cerca de 100 mil alunos de mais de 60 concelhos.

Os promotores calculam que tenha o serviço evitado até agora 500 retenções, o que significa a "poupança equivalente a 1,8 milhões de euros", acrescentam em comunicado os responsáveis do agora MAPIE, assumido como o próximo passo no "combate ao insucesso escolar".

"Mais do que as métricas", sublinha Núria Costa, relações públicas da empresa, "o balanço é espectacular, porque no terreno percebeu-se que em muitos agrupamentos os dados recolhidos pelo sistema acabaram por facilitar muito a vida profissional de professores e directores de agrupamentos".

A solução informática foi agora reforçada para definir "perfis de risco ainda mais rigorosos", acrescentando indicadores de saúde e dados sociodemográficos ao algoritmo que segue o modelo americano, combinando assiduidade, comportamento e aproveitamento.

A escolaridade materna ou o escalão de acção social são algumas das novas informações tidas em conta para, "de forma cada vez mais aperfeiçoada", antecipar a incidência de insucesso.

"Ouvimos os vários agentes envolvidos e construímos gráficos mais adaptados às necessidades, permitindo o acesso a informação que de outra forma não estava disponível", reforça Núria Costa, assinalando o "'layout' melhorado, o mapeamento do território, criação do MAPIE Autarquia e intervenções simplificadas" como outras novidades.

A partir do cruzamento de todas as informações, MAPIE funciona como "um radar que monitoriza os indicadores de risco e gera alertas precoces", enviando-os a professores, responsáveis de agrupamentos escolares, famílias e autarquias.

Com esta evolução do 'software', vem também a aposta na internacionalização. MAPIE quer chegar a "novos mercados" e incorporar "conhecimento de fora para dentro".

Até 2022, internamente o objectivo é crescer 50 por cento e chegar a 150 agrupamentos de escolas. No estrangeiro, a ambição "é atingir os 200 agrupamentos de escolas no Brasil e entrar no mercado de Angola e Moçambique", avança a responsável da empresa.

A apresentação de MAPIE está agendada para Sexta-feira, às 10h30, na Escola Secundária Eng. Calazans Duarte, na Marinha Grande.

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