O responsável, citado pela Angop, considerou que este processo vai ajudar a desconcentrar o poder municipal, a melhorar o ambiente de negócios e, assim, diversificar a economia nacional.
Durante o seu discurso, o vice-Presidente afirmou que o Executivo quer, com estas reformas, garantir a saúde e bem-estar dos angolanos, sem condicionar o crescimento económico.
Afirmando que o país faz parte de um conjunto de alianças estratégicas inter-atlânticas, o responsável admitiu que os países e instituições da Europa, América Latina e África podem ser fundamentais para se ajudarem mutuamente com vista ao desenvolvimento.
No entanto, indicou que a falta de um modelo de assistência e ajuda tem levado a que muitos jovens imigrem ilegalmente para países onde a estabilidade e condições de vida são melhores.
Considerando que o país "tem recursos demográficos, hidrográficos, terras aráveis", entre outros, Bornito de Sousa, admitiu que "Angola é um país que tem tudo para dar certo" e que está aberta ao investimento privado.
Bornito de Sousa disse ainda que é preciso promover a estabilidade política, a democracia, ter sistemas de ensino que promovam o emprego e empreendedorismo e falou que os três continentes devem trocar experiências tanto a nível humano como tecnológico para que os problemas comuns entre os continentes sejam resolvidos.
Falou também sobre a resposta dada à crise global, admitindo que o continente africano é o mais fraco, uma vez que além da crise enfrenta também outras dificuldades, como por exemplo a falta de recursos e deficiências nos sistemas de educação e saúde.
Rebeca Grynspan, secretária-geral da Organização Ibero-americana, aproveitou a ocasião para admitir que as reformas que estão em curso em Angola são corajosas.
Já Enrique Iglesias, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Uruguai, defendeu que os continentes interatlânticos devem encontrar uma forma de combinar os seus interesses.