Em nota de imprensa, tornada pública esta Terça-feira, a FAF refere que a viabilidade do sorteio da maior prova do futebol nacional foi avaliada numa reunião de direcção com a presença do coordenador do departamento médico das selecções nacionais.
O órgão que tutela o futebol, que diz acompanhar "com preocupação a subida acentuada" dos casos de covid-19 no país, afirma que "irá colocar sempre o bem vida em primeiro lugar, acatando todas as orientações das autoridades sanitárias".
"De acordo com o decreto presidencial, que liberou a partir de 27 de Junho a realização de todas as actividades desportivas, devemos, todavia, ter e ser o máximo cautelosos, na perspetiva de marcarmos passos firmes e seguros, para o bem de todos os fazedores do futebol", justifica.
O sorteio do Girabola 2020/21 estava agendado para esta Quarta-feira. O início da prova está previsto para 15 de Agosto, embora esteja "sujeito à evolução da covid-19".
A FAF marcou para o período entre 13 e 31 de Julho a vistoria dos campos do país.
Os clubes decidiram, por unanimidade, a 30 de Abril, anular o Girabola, interrompido em Março devido à pandemia da covid-19, sobretudo para "salvaguardar a saúde e os gastos avultados com os atletas cujos contratos expiravam em Maio".
A decisão dos clubes que militam no Girabola foi apresentada durante uma reunião com a Federação Angolana de Futebol, que analisou o interregno da competição após ter sido disputada a 25.ª jornada.
O campeonato nacional de futebol, então liderado pelo Petro de Luanda, com 54 pontos, menos três que o 1.º de Agosto, tetracampeão em título que ocupava a segunda posição, foi suspenso em Março na sequência do decreto sobre o estado de emergência.
Para a época 2020/21, 16 equipas estão já confirmadas na prova.
Entre os diversos procedimentos administrativos para a próxima época desportiva 2020/21 e normas de licenciamentos de clubes, a FAF exige apólice de seguro do campo/estádio de futebol, relatório e contas aprovado por uma auditoria autorizada, entre outras.
Os clubes deverão ainda apresentar um comprovativo financeiro com garantia bancária de no mínimo 100.000.000 de kwanzas antes do início da época.