A venda faz parte dos planos da Oi para levantar até 7,5 mil milhões de reais (1, 8 mil milhões de euros) com a alienação de ativos não essenciais, informou a empresa no plano estratégico, publicado esta Terça-feira no seu 'site' oficial.
Enquanto não há garantia de que uma venda acontecerá, conversas com a Unitel têm tido um "bom desenvolvimento", disse o vice-presidente financeiro da Oi, Carlos Brandão.
Um possível acordo de venda da participação da Oi na Unitel poderia ajudar as reformas lideradas pelo Governo de Angola para abrir o sector de telecomunicações do país a novos investidores. Também pode ajudar a acabar com divergências dentro do conselho da Unitel.
No mês passado, a Oi expressou publicamente a sua desaprovação em relação à gerência da Unitel, que reteve milhões de dólares em pagamentos de dividendos enquanto os accionistas não conseguiram chegar a acordo sobre quem será o novo presidente da empresa, informou o Jornal de Angola a 20 de Junho.
Em Fevereiro, a Oi obteve uma decisão favorável num tribunal de arbitragem que autorizou a sua unidade PT Ventures a obter mais de 650 milhões de dólares em pagamentos devido à violação de acordos dos accionistas sobre dividendos não pagos pela Unitel.
Os outros accionistas da Unitel são Isabel dos Santos, ex-presidente do conselho da companhia, o general angolano Leopoldino do Nascimento e a petrolífera Sonangol, cada um com uma participação de 25 por cento das acções.