“Fazer uma venda bem feita não é fácil, requer tempo e felizmente não temos data-limite para vender. Estamos à espera do momento certo para fazer uma redução da participação que seja boa para o banco BFA e boa para o banco BPI”, disse Pablo Forero, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro semestre.
Segundo o gestor, o BCE conhece o estado do processo e sabe que demorará tempo.
“É mais importante fazer as coisas bem do que rapidamente, vai demorar tempo”, acrescentou.
O BPI tem 48,1 por cento do BFA desde o início de 2017, quando vendeu dois por cento do banco angolano à operadora Unitel por imposição do BCE, que considera que a supervisão angolana não é equivalente à europeia. Contudo, desde então mantém-se a recomendação de Frankfurt para o BPI reforçar a diminuição da exposição a Angola.
O BPI deixou assim de ser o accionista maioritário do BFA, detendo agora uma participação de 48 por cento no Banco de Fomento Angola (BFA), e passou a contabilizar nas contas apenas os dividendos que recebe (e não a participação).
No início de 2018, depois de Isabel dos Santos ter falado publicamente da intenção de vender em bolsa parte do BFA, o BPI admitiu vender parte das acções numa eventual operação em bolsa caso a Unitel avançasse com a operação. Contudo, não aconteceu.
Também não se sabe se o BPI ficará com uma posição no BFA ou se venderá a totalidade da sua participação.
Ainda sobre o BFA, Forero disse que “o banco continua a correr muito bem, continua a ser o maior banco de Angola” e destacou o elevado rácio de capital (59 por cento) e malparado (cinco por cento).