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BNA promete regularizar em Julho toda a dívida às companhias aéreas

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou que os valores reclamados pelas companhias aéreas desceram este mês para 100 milhões de dólares e que a situação será totalmente regularizada em Julho.

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O anúncio de José de Lima Massano foi feito em Luanda, durante a intervenção de encerramento do VIII Fórum Banca. "Agora, no mês de Julho, regularizaremos a totalidade dos valores reclamados pelas companhias aéreas que, dos 540 milhões de dólares identificados como devidos no início deste ano, estão hoje calculados em menos de 100 milhões de dólares", disse o governador do BNA.

A dívida às companhias aéreas estrangeiras, em fundos bloqueados, já tinha descido mais de 100 milhões de dólares até Junho, mas ainda era a segunda mais elevada do mundo, informou no início do mês a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Em causa estão fundos das companhias com origem na venda de passagens aéreas que depois não conseguem repatriar, no caso de Angola devido à crise económica, financeira e cambial que o país atravessa desde finais de 2014.

A situação levou o país a acumular uma dívida, em fundos bloqueados – depositados em moeda angolana nos bancos nacionais e que aguardam autorização para repatriamento, em divisas – até um "pico" de mais de 500 milhões de dólares, conforme reconheceu a IATA.

No último balanço daquela organização, disponibilizado a 5 de Junho, o presidente do conselho de administração da IATA, Alexandre de Juniac, refere que a Nigéria regularizou os 600 milhões de dólares que tinha em fundos bloqueados às companhias aéreas, enquanto Angola reduziu o montante que tem em dívida em 120 milhões de dólares.

"Encorajo o Governo de Angola a trabalhar com as companhias aéreas para ajudar a reduzir ainda mais este atraso", disse Alexandre de Juniac.

Segundo a IATA, a Venezuela lidera destacada os fundos bloqueados às companhias aéreas, com 3.780 milhões de dólares a aguardar repatriamento, seguido de Angola, com 386 milhões de dólares, face à saída da Nigéria desta lista.

Surgem depois países como o Sudão, com 170 milhões de dólares bloqueados, o Bangladesh, com 95 milhões de dólares, e o Zimbabué, com 76 milhões de dólares.

Aquela organização estima que no final de 2017 estavam bloqueados, em 16 países, cerca de 4900 milhões de dólares de fundos que as companhias aéreas não conseguiam repatriar, uma quebra de 7 por cento face aos indicadores do ano anterior.

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