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Governo desaconselha compra de Quinino em xarope para tratamento da malária

As autoridades nacionais alertaram para o facto de o quinino em xarope ou gotas e a associação dos fármacos "Artesunato" e "Fansidar" para o tratamento da malária não constarem do Protocolo Nacional de Tratamento da Malária, desaconselhando a sua compra.

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O alerta foi transmitido à agência Lusa pelo coordenador do Programa Nacional de Controlo da Malária de Angola, José Franco Martins, que defendeu nova regulamentação na "aquisição desses fármacos" no país, pois, alertou, podem trazer "graves complicações aos pacientes".

"No nosso protocolo para a gestão de malária não consta nenhuma apresentação de quinino em xarope, mas temos vimos a observar que circula no país" e "desaconselhamos a aquisição", sublinhou.

Existem "outras associações, como as do "Artesunato" mais o 'Fansidar'. Consta que o ''Fansidar' isolado serve para o tratamento da malária na mulher grávida. Se isso já é errado, a associação com o 'Artesunato' deve ser evitada para a mulher gestante", alertou.

De acordo com José Franco Martins, constam do Protocolo Nacional de Tratamento da doença formulações para gestão das malárias simples, grave e também em mulheres grávidas.

Para o responsável do departamento afecto ao Ministério da Saúde, a existência desses fármacos no país é fruto de "algum desconhecimento, sobretudo dos importadores", pelo que reiterou a "harmonização das aquisições e comunicação constante com as autoridades".

"Devemos levar ao conhecimento deles, e de forma permanente, o que está plasmado no protocolo nacional para estarmos alinhados e para que se façam aquisições de formulações que utilizamos", defendeu.

"Devemos também levar ao conhecimento deles que adquiram os medicamentos recomendáveis pelo órgão que rege a Saúde no mundo e no país, em particular de forma a que evitemos situações negativas, associadas com formulações que não são recomendadas", rematou.

Segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde, até Junho, Angola registou esta ano cerca de milhão e meio de casos de malária, que provocaram 3853 mortos, constituindo a primeira causa de morte no país.

Face ao actual quando, as autoridades sanitárias já caracterizam 2018 como um ano epidemiológico, sendo as províncias do Cuanza Norte, Bengo e Huambo as mais endémicas.

Luanda inclui-se na lista de províncias mais afectadas pela doença, com o registo, no primeiro trimestre deste ano, de mais de 240 mil casos de malária.

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