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PR autoriza emissão adicional de eurobonds até 500 milhões de dólares

O Presidente da República aprovou, em despacho, a estratégia para "emissão adicional" de títulos da dívida soberana sob forma de eurobonds, até 500 milhões de dólares.

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O despacho de 13 de Julho assinado por João Lourenço, ao qual a Lusa teve acesso, aponta a "necessidade de se garantir a implementação do Programa do Executivo", de "diversificação das fontes de financiamento para a execução dos Programas de Investimento Público".

O documento autoriza o ministro das Finanças, Archer Mangueira, a "executar as acções e implementar as medidas necessárias" para a "concretização do financiamento externo adicional até ao montante de 500 milhões de dólares", em eurobonds.

O Governo estava a negociar um aumento nesse valor à linha de eurobonds, emissão de dívida pública em moeda estrangeira, feita em Maio no montante a rondar os três mil milhões de dólares.

A informação foi confirmada à Lusa por fonte ligada ao processo, acrescentando que a negociação - que é conduzida no mercado internacional pelo consórcio formado pelo grupo financeiro norte-americano Goldman Sachs e pelos bancos Deutsche Bank (Alemanha) e ICBC (China) - deverá estar concluída até final desta semana.

O objectivo é acrescentar cerca de mais 426 milhões de euros à emissão de mais de mil milhões de euros, datada de início de Maio, cuja maturidade é de 30 anos.

O Governo considerou a segunda emissão de eurobonds, no valor de três mil milhões de dólares e com três vezes mais ofertas, como o início de "uma nova era" na relação com o mercado financeiro internacional.

Em comunicado enviado na altura à agência Lusa, o Ministério das Finanças referia que esta emissão de eurobonds, concretizada em Maio, contou com o interesse manifestado por investidores dos Estados Unidos da América, Europa e Ásia, tendo culminado com 500 propostas de compra de eurobonds angolanos, que totalizaram cerca de nove mil milhões de dólares.

Dando cumprimento ao decreto presidencial de 27 de Abril, autorizando a emissão e o seu tecto máximo, "Angola limitou-se a negociar um máximo de três mil milhões de dólares", tendo dividido a transacção em duas partes.

Uma parcela, com maturidade de dez anos e com um valor nominal de 1.750 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 8,25 por cento.

A segunda parcela, com maturidade de 30 anos e com um valor nominal de 1.250 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 9,375 por cento.

O Ministério das Finanças destaca que a "confiança manifestada pelos investidores internacionais levou a que Angola emitisse, pela primeira vez, um título no mercado internacional com maturidade de 30 anos".

Na primeira emissão do género, em 2015, Angola colocou 1.5 mil milhões de dólares em eurobonds, com uma maturidade de 10 anos.

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