"A nova era será marcada por finanças públicas vulneráveis aos choques petrolíferos, atitude prudencial na gestão das finanças públicas e diversificação modesta e com impacto a longo prazo", disse o vice-presidente executivo da consultora, que apresentou um estudo sobre o futuro da economia angolana.
Falando no primeiro de uma série de seminários sobre 'Como Fazer Negócios' nos vários países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que decorrem esta semana em Lisboa, Rui Miguel Santos abordou o caso de Angola para antever que os próximos anos serão marcados "por um recuo progressivo da taxa de crescimento do petróleo e gás" e por um aumento do PIB não petrolífero, que deverá crescer, em média, 5,1 por cento até 2022.
"A alteração fundamental da economia é o iniciar da diversificação económica", vincou o consultor, salientando que a diversificação da economia acontece não apenas por razões técnicas de operação nalguns poços e pela evolução da procura global, mas também porque "o petróleo não cria emprego para os 25 milhões de angolanos, o que cria emprego é a agricultura, a indústria, e esses são os motores de aceleração da economia angolana".
