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Quinta de Jugais inicia produção de charcutaria em Luanda dentro de um ano

Investidores portugueses iniciaram em Maio a construção de uma fábrica de charcutaria em Luanda, prevendo dentro de um ano produzir, por mês, cerca de 100 toneladas de produtos com a marca Quinta de Jugais, de Portugal.

Quinta de Jugais:

A informação foi avançada à agência Lusa pelo director-geral da Quinta de Jugais - Angola, Paulo Rocha, acrescentando tratar-se de um investimento estimado em 11,5 milhões de dólares que prevê, numa fase inicial, a criação de 70 postos de trabalho.

Trata-se de uma unidade industrial de transformação de produtos à base de carne, com entreposto frigorífico de produtos alimentares, em fase de instalação na Zona Económica Especial Luanda-Bengo, em Viana, com início da laboração prevista para Julho de 2019.

"Se nós produzirmos, nos primeiros seis meses, próximo das 100 toneladas por mês, será muito positivo. Estamos a falar num ritmo crescente, inicialmente vamos começar com os fiambres, depois as mortadelas, e vamos avaliando o mercado. Porque não podemos pôr em causa o nome que a marca já tem, em Portugal e em Angola", explicou Paulo Rocha.

A Quinta de Jugais, em Portugal, é especializada em produtos tradicionais da Serra da Estrela, como charcutarias e queijos, com parte da produção destinada a Angola.

"Esta unidade tem como objectivo a produção de charcutaria, com base na transformação de carne suína, destinada numa primeira fase a colmatar a disponibilidade de consumo desta categoria de produtos por parte dos consumidores do mercado angolano, actualmente suprida, em grande parte, pelo recurso à importação", sublinha o director-geral da Quinta de Jugais - Angola.

O investimento no nosso país, com capital dos sócios da Quinta de Jugais em Portugal e parceiros angolanos, vai ao encontro "do seu próprio interesse", potenciando desta forma "as condições existentes e valorizando a produção nacional" em Angola, já a pensar no mercado de exportação no continente africano.

Ainda assim, admite o responsável, o plano de negócios inicial da empresa angolana, criada em 2011 e até agora dedicada apenas à importação dos produtos da unidade portuguesa, "terá de ser revisto, face às condições de mercado", nomeadamente as consequências da crise nacional no poder de compra.

"Mas a aposta no mercado Angolano é fundamentada pelo conhecimento de quase uma década de presença no território e do reconhecimento do potencial do país e da sua localização face a outros países, mercados do continente africano", concluiu Paulo Rocha.

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