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Banca e Seguros

Lucros dos cinco maiores bancos privados aumentaram 173 por cento no 1.º semestre

Os cinco maiores bancos privados de Angola por activos quase triplicaram os lucros no primeiro semestre deste ano, obtendo um crescimento de 173 por cento, refere um estudo do semanário económico Expansão.

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Segundo o jornal, os lucros nos primeiros seis meses de 2018 atingiram 256,9 mil milhões de kwanzas, significativamente mais do que em comparação ao mesmo período de 2017, em que se registaram 94 mil milhões de kwanzas.

Sempre em relação ao primeiro semestre de 2018, o Banco de Fomento Angola (BFA), o maior banco privado em activos, foi quem mais aumentou os lucros, ao subi-los 136 cento, passando de 41,3 mil milhões de kwanzas em 2017 para 97,5 milhões de kwanzas este ano.

Os resultados do BFA representam 38 por cento do total dos lucros registados pelos cinco maiores bancos.

O Banco Económico (BE), que no primeiro semestre de 2017 teve prejuízos de 8500 milhões de kwanzas, saiu do 'vermelho' e obteve lucros de 67,8 mil milhões de kwanzas.

No terceiro lugar do ‘pódio’ está o Banco Angolano de Investimentos (BAI), que viu os resultados líquidos aumentarem para o dobro, passando de 29 mil milhões de kwanzas para os 58,8 mil milhões de kwanzas.

Ainda na comparação entre os dois semestres, o BIC subiu os lucros em 10,3 por cento, passando de 19,3 mil milhões de kwanzas para 21,3 milhões de kwanzas.

Dos cinco maiores bancos nacionais por activos, o Banco Millennium Atlântico (BMA) foi o único que viu os lucros descerem: caíram 10,9 por cento, passando de 12,9 mil milhões de kwanzas no primeiro semestre de 2017 para 11,5 milhões de kwanzas em idêntico período de 2018.

A soma dos lucros dos 21 bancos que disponibilizaram os balancetes do primeiro semestre de 2018 mais do que duplicaram para 321,5 mil milhões de kwanzas, contra os 134,2 mil milhões de kwanzas no mesmo período de 2017, o que representa uma subida de 155,6 por cento.

Segundo especialistas citados pelo Expansão, o aumento dos resultados líquidos dos bancos deve-se, sobretudo, à reavaliação de activos expostos à moeda estrangeira, no âmbito da desvalorização cambial operada desde Janeiro deste ano.

Grande parte dos lucros, acrescenta-se no semanário, não é relativa à actividade bancária (trading), com a exposição cambial do sistema, sobretudo nos bancos com maior peso, a ser muito longa.

"A desvalorização fez com que esta exposição aumentasse e se reflectisse em lucros. Ao ter uma carteira de títulos indexada à taxa de câmbio, os lucros aumentam logo 50 por cento ao longo do semestre, porque os títulos são reavaliados à taxa de juro", lê-se no jornal.

O Expansão destaca, por outro lado, que sete instituições bancárias – três públicas e quatro privadas – não cumpriram a obrigação decretada pelo Banco Nacional de Angola (BNA, banco central) que obriga à publicação dos balancetes de três em três meses até 45 dias após o fim do trimestre.

Entre eles destacam-se o Banco de Poupança e Crédito (BPC) e o banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC) – ambos tiveram resultados negativos no exercício de 2017 – que têm em atraso a publicação de seis balancetes, quatro referentes aos quatro trimestres de 2017 e dois deste ano.

Além destes dois bancos, integram a lista de incumpridores o BDA, o Banco Sol, o BAI Micro Finanças (BMF), o BCI e a sucursal em Luanda do Banco da China.

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