De acordo com informação disponibilizada pelo BNA, este montante foi distribuído em leilão, com o objectivo de "assegurar a importação de mercadorias diversas, priorizando a importação de matéria-prima".
O banco central já tinha distribuído a 26 de Junho, por 21 bancos, e também na forma de leilão, outros 100 milhões de euros para abertura de cartas de crédito para importação.
José de Lima Massano, governador do BNA, traçou, em Junho último, o objectivo de a importação de mercadorias passar a ser paga essencialmente com cartas de crédito. A informação foi avançada por José de Lima Massano, no final de um encontro com empresários angolanos, para a apresentação formal do diploma sobre a importação e exportação de mercadorias.
"Temos um novo instrutivo e um novo aviso também e hoje aproveitamos para partilhar com a nossa classe empreendedora. Temos o documento na sua ponta final, desse encontro temos contribuições relevantes, que vão também ajudar-nos a fazer um ou outro ajustamento, mas no essencial é um documento que se encontra fechado", comunicou. O instrutivo estabelece que a importação de mercadorias passa a ser feita essencialmente com cartas de crédito, por se tratar do melhor instrumento para o comércio internacional, que vai garantir quer a entrada de mercadoria para o país quer a confirmação da disponibilização para se pagar o importador. "O mesmo estamos a fazer em relação àquela mercadoria que é exportada, ou seja, essa mercadoria também ter essa garantia, de que os recursos cambiais associados regressam para a nossa economia", frisou.
O responsável do BNA salientou ainda que o novo aviso diz igualmente que "os exportadores da moeda, que resulta da exportação da sua mercadoria, uma parte deve ser vendida aos bancos comerciais e o diferencial pode ser mantido para esses exportadores poderem honrar pagamentos no exterior". O mesmo afirmou que "têm a totalidade do valor da mercadoria, ou seja, se a mercadoria vale dez vão ter os dez. Simplesmente metade desses dez deve ser vendida a moeda estrangeira ao banco comercial, passa a ter por isso uma parte em moeda estrangeira outra parte em moeda nacional, mas tem a totalidade da receita resultante daquela exportação".
José de Lima Massano sublinhou que Angola está num exercício de diversificação da sua economia e das suas fontes de acesso à moeda estrangeira, e nesse sentido, essas exportações devem também apoiar o esforço de dinamização da economia, trazendo recursos cambiais, "que vão servir não apenas a quem exportou, mas à economia como um todo".