A informação consta de uma nota de imprensa do Ministério da Saúde, com referência ao Dia Mundial da Hepatite, que se assinala esta Sexta-feira.
Na nota, a que agência Lusa teve acesso, as autoridades sanitárias sublinham que constituíram um grupo técnico nacional, para as hepatites virais, que está quase a concluir o documento que vai orientar a estratégia de combate à doença, e que estão a realizar investimentos em meios de diagnóstico e tratamento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a hepatite pode ser eliminada até 2030, com o empenho de toda a sociedade na sua prevenção e tratamento.
Para que a eliminação da hepatite seja possível em Angola, as autoridades sanitárias têm como estratégia a prevenção da transmissão materno-infantil da hepatite B, a administração generalizada da dose da vacina aos recém-nascidos, a garantia de sangue seguro e assegurar que 90 por cento das pessoas com hepatites B e C sejam testadas e 80 por cento dos pacientes ilegíveis tenham acesso ao respectivo tratamento.
Recentemente, a directora do Instituto Nacional de Sangue, Antónia Constantino, informou que metade do sangue doado no país, na sua maioria assegurado por familiares dos doentes, não é aproveitado porque está infectado, principalmente por hepatite B.
A nota sublinha que, enquanto o vírus da hepatite A causa quadros de hepatite aguda e tem transmissão pelas secreções orais e fecais, estando directamente relacionada com as condições de saneamento, o vírus das hepatites B e C preocupam pelo potencial em causar hepatites crónicas.
As hepatites virais podem ser causadas por diferentes tipos de vírus, estando actualmente identificados mais de cinco, sendo os principais o vírus das hepatites A, B, C, D e E.