A posição foi expressa pelo ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, nas conversações bilaterais que manteve em Luanda, com o seu homólogo da China, Chang Wanquan, que iniciou na Quarta-feira uma visita de 48 horas ao país, para o reforço da cooperação no domínio militar.
João Lourenço referiu que o Governo pretende avançar com a consolidação e reforço do processo de modernização das Forças Armadas Angolanas (FAA), referindo investimentos nas infraestruturas e nos recursos humanos, para o alcance da excelência e do domínio da técnica militar.
"Trata-se de um esforço ingente, mas necessário do executivo angolano, que conta com a parceria privilegiada de vários países amigos, entre os quais se inscreve a República Popular da China, com quem temos acordos assinados no domínio da defesa e das respectivas forças armadas, com predominância para o acordo de cooperação no domínio da ciência e tecnologia e indústria para a defesa nacional dos dois países", disse.
O governante acrescentou que existem progressos no processo de reequipamento das FAA em todos os seus ramos, Exército, Força Aérea Nacional e Marinha de Guerra Angolana, mas a cooperação no domínio da Defesa e respectivas forças armadas dos dois países "necessita de nova abordagem e nova dinâmica".
"Particular atenção gostaríamos de prestar ao lançamento efectivo da indústria militar angolana, com parceria de empresas chinesas, algumas das quais já identificadas e nos moldes que vierem a ser definidos", disse João Lourenço.
Referindo-se aos diversos conflitos mundiais, o titular da pasta da Defesa apelou à permanente troca de informações, dinamização e harmonização dos mecanismos de segurança entre os dois países, visando a consolidação da paz e estabilidade global.
"A nível da região central e da região austral da África, Angola não se tem poupado a esforços para o alcance de uma paz efectiva e duradoura, sobretudo na região dos Grandes Lagos", disse, reiterando a "completa disponibilidade" do país em "consolidar e estreitar a cooperação mutuamente vantajosa com a República Popular da China".
Por sua vez, o ministro da Defesa da China, Chang Wanquan, realçou os laços de amizade entre os dois países e as grandes potencialidades de cooperação mutuamente vantajosas.
Chang Wanquan disse que a sua visita a Angola teve como objectivo principal o reforço da cooperação, seguindo as orientações estabelecidas pelos chefes de Estado de ambos os países.
"A cooperação entre a China e Angola tem grande potencialidade, esta cooperação mutuamente vantajosa entre a China e Angola é abrangente e desempenha um papel pioneiro na cooperação entre a china e os países africanos", considerou o governante chinês.