A informação consta de um comunicado sobre a situação financeira do país, enviado esta Terça-feira à agência Lusa, em Luanda, pelo Ministério das Finanças, que também aumentou de 5,5 para 6,0 por cento a previsão do défice das contas públicas de 2016, face à evolução da cotação do crude no primeiro semestre.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) está agora estimado em 1,3 por cento em relação a 2015, menos de metade dos 3,3 por cento previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2016.
A maior fatia do financiamento de 11,46 mil milhões de dólares obtido por Angola entre Novembro e Junho foi garantida pelo Banco de Desenvolvimento da China, ao abrigo da linha de crédito negociada há um ano, e ascende a cinco mil milhões de dólares.
Acrescem 1,98 mil milhões de dólares concedidos pelo ICBC, Eximbank e CDB, financiamentos "concluídos e a concluir até ao final do ano", bem como projectos financiados por agências internacionais de apoio a exportações, no valor de 1,18 mil milhões de dólares.
Segundo o Ministério das Finanças, estão ainda em negociações finais empréstimos com outras entidades estrangeiras na ordem dos 3,3 mil milhões de dólares.
De acordo com o mesmo comunicado, a dívida pública - excluindo as empresas públicas - cifra-se actualmente nos 47,9 mil milhões de dólares, abaixo dos 49,2 mil milhões de dólares fixados no OGE de 2016.
Nos próximos 12 meses, o país tem 4,4 mil milhões de dólares para pagar relativamente ao serviço da dívida pública, indica ainda o Ministério das Finanças.