Entre os projectos apresentados, maioritariamente para Luanda, consta a construção de uma fábrica de refinação e destilação de derivados de petróleo, a ser instalada na província do Bengo, um investimento norte-americano no valor de 5 milhões de dólares. Ainda no ramo industrial foi assinado o contrato para a produção de óleo de palma, igualmente no Bengo, um investimento nigeriano avaliado em 4,9 milhões de dólares.
Das Ilhas Virgens Britânicas vieram dois investimentos: para uma fábrica de cosméticos em Luanda, no valor de 3 milhões de dólares, e para o fabrico de artigos plásticos e reciclagem plástica, de 1,5 milhões de dólares.
Quanto a investimento português foram assinados dois contratos nos ramos do comércio e prestação de serviços, ambos no valor de 1 milhão de dólares cada, para a comercialização a grosso e a retalho de ouro, prata, bijuterias e relógios, sendo o segundo dirigido ao tratamento de água, pára-raios e sistema de irrigação automática.
Em declarações à imprensa, a presidente do Conselho de Administração da ANIP, Maria Luísa Abrantes, considerou bom o valor dos projectos assinados, tendo em conta o momento actual que Angola vive, marcado por uma recessão económica. “Interpretamos que numa fase em que todos pensávamos que iria reduzir o número de projectos, dos quais uma grande parte são de investidores estrangeiros, verificamos que isto não acontece”, referiu Maria Luísa Abrantes. Para a responsável, é um sinal de que Angola é “um país de futuro em que há muito por fazer” e que os investidores acreditam.
Maria Luísa Abrantes realçou que os sectores do comércio e da prestação de serviços continuam a liderar o investimento, apesar de surgirem sempre mensalmente alguns projectos ligados á indústria. “É um valor geral de cerca de 43,9 milhões de dólares, acreditamos que como é mensal este fluxo que possa continuar assim ou até melhorar e aumentar em número ou até em valor”, sublinhou.
Contudo, a PCA da ANIP reconhece que este semestre deste ano não será “tão bom” quanto ao período homólogo do ano passado. “Mas não está muito longe e não é mau, uma vez que há uma retracção dos investidores nacionais, mais propriamente, porque verificamos que tem havido pequenos investimentos a partir de um milhão (de dólares), mas temos tido bastante investidores estrangeiros, portanto tem havido uma retracção do empresariado nacional”, sublinhou. Neste primeiro semestre, o valor atingido de investimento é de 1,5 mil milhões de dólares.
