De acordo com o mais recente relatório do INE, a que a Lusa teve acesso, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) nacional foi influenciado de Maio para Junho sobretudo pela classe "Habitação, Água, Electricidade e Combustíveis", cujos preços aumentaram em todo o país 2,04 por cento. Ainda pela "Educação" (1,34 por cento), "Bens e Serviços Diversos" (1,20 por cento) e na "Saúde" (1,17 por cento).
Os preços, influenciados pela falta de divisas devido à quebra na cotação internacional do barril de petróleo, já tinham acelerado em Maio, acima de um por cento, igualmente com Luanda a liderar as subidas.
Entre as 18 províncias nacionais, Luanda, a cidade considerada a mais cara do mundo, viu os preços subirem em apenas um mês 1,25 por cento (acresce 1,21 por cento em Maio), enquanto no interior o Cuando Cubango registou um aumento de 1,05 por cento e o Bié viu os preços crescer 1,03 por cento.
Em Luanda (a única província com dados a doze meses), a inflação atingiu em Junho o valor mais alto desde pelo menos o mesmo mês de 2014.
Desde o início do ano, e no registo oficial do INE, os preços já subiram em Luanda 5,55 por cento, quando em 2014, também no fecho do primeiro semestre, os preços tinham aumentado, em termos acumulados, 3,50 por cento.
De acordo com dados daquele instituto público e do Banco Nacional de Angola, a inflação no país terá ficado ligeiramente abaixo dos 7,5 por cento em 2014.
Na revisão do Orçamento Geral do Estado para 2015, devido à forte quebra da cotação internacional do barril de petróleo, o Executivo definiu uma previsão de sete a nove por cento para a variação da inflação este ano.
