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Ministro dos Transportes diz que persistem desafios no financiamento para infraestruturas em África

O ministro dos Transportes disse esta Terça-feira que persistem desafios de acesso ao financiamento a longo prazo para infra-estruturas em África e que o continente tem uma necessidade anual na ordem dos 200 mil milhões de dólares.

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“África tem uma necessidade anual global na ordem dos 200 mil milhões de dólares para conseguirmos garantir e atingirmos as metas de desenvolvimento sustentável e a agenda 2063 da União Africana, neste momento só conseguimos mobilizar em África à volta de 40 por cento desse valor”, disse Ricardo de Abreu.

Em declarações à Lusa, no final de uma conferência sobre esta matéria, o governante assumiu que África ainda tem uma lacuna muito significativa de financiamento adicional que deve conseguir atrair.

“Uma das razões dessa cimeira é exactamente isso, garantirmos que conseguimos transmitir a parceiros como os EUA essa dimensão de necessidades e garantirmos também o engajamento do sector privado americano nessa dimensão”, frisou.

Ricardo de Abreu, que foi um dos oradores desta conferência, enquadrada na 17.ª Cimeira Empresarial EUA-África, que decorre em Luanda, reconheceu que persistem os desafios em África para o acesso a financiamentos a longo prazo.

O governante afirmou que o continente tem também limitações do ponto de vista da participação do sector privado, seja doméstico seja internacional: “Portanto há aqui um conjunto de desafios e, obviamente, questões de natureza da nossa capacidade humana para podermos mobilizar esses recursos".

“Interessa-nos, sim, dialogar com todos os parceiros possíveis, conseguirmos transmitir aquilo que estamos a fazer de bem do ponto de vista das reformas estruturais, que estamos a fazer, assim como também todos os projectos de concessões que permitem o engajamento do sector privado nesta agenda”, sinalizou.

Quanto às acções do Governo para impulsionar as infraestruturas no continente africano, o governante destacou o Corredor do Lobito, como “um marco no segmento das infraestruturas no continente”, e as reformas estruturais em curso.

Para além de “estarmos a fazer um esforço significativo na melhoria do ambiente de negócios em Angola e, obviamente, trazer esses projectos importantes de infraestruturas, particularmente aqueles que garantem conectividade regional, que são os projectos que eventualmente serão mais fáceis ou pelo menos mais atractivos de financiar por parte das instituições internacionais”, assinalou.

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