Na ocasião, a ministra classificou como ambicioso o procedimento de formação de quadros no sector por si tutelado. Já em resposta às inquietações expostas pelo governador provincial do Uíge, José Carvalho da Rocha – que defendeu a necessidade de mais quadros e da construção de novas unidades hospitalares –, a titular da pasta da Saúde referiu que a localidade dispõe de 105 médicos e 240 enfermeiros a efectuarem especialidade, técnicos médios, sendo que brevemente licenciados efectuarão igualmente especialidade, escreve a Angop.
Relativamente ao facto de ser preciso construir infra-estruturas, a governante realçou que sempre que aparecer uma fonte de financiamento, as iniciativas com prioridade vão ser introduzidas, escreve a Angop.
Ainda sobre este ponto, Sílvia Lutucuta aproveitou para sublinhar que está a ser erguido um hospital geral de nível terciário no Uíge, com finalização prevista dentro de dois anos. No entanto, reconheceu a necessidade da referida província ter uma unidade hospitalar de referência pediátrica, assim como uma maternidade que comporte todas as condições.
Além disso, a ministra, citada pela Angop, aproveitou para anunciar que o Uíge poderá contar com uma "antena epidemiológica", motivo pelo qual, determinados quadros se encontram a realizar mestrado em epidemiologia de campo. Segundo a Angop, o reforço neste tipo de saúde de prevenção explica-se com o facto de a zona partilhar fronteira com a República Democrática do Congo, que se assume como uma área frágil no aparecimento de epidemia.
Refira-se que na Quinta-feira, o governador do Uíge fez uma apresentação do Presidente da República sobre a realidade do desenvolvimento socioeconómico da província. Um dos sectores em destaque foi o da saúde, tendo José Carvalho da Rocha informado que este sector ao nível da província tem 3051 profissionais (196 médicos e 1777 enfermeiros).
Segundo uma nota do Governo Provincial do Uíge, a que o VerAngola teve acesso, o governador "considerou o número exíguo tendo em conta a necessidade de se expandir os serviços de assistência médica às populações dos 16 municípios que compõem a província".
O responsável também salientou que "na província existem apenas 370 unidades hospitalares sendo uma de âmbito provincial que representam uma capacidade de internamento de 1089 camas, daí ter defendido a necessidade da construção de novas unidades hospitalares".
Entre outros aspectos, o responsável defendeu ainda a "necessidade da construção de um hospital pediátrico e outro materno-infantil tendo em conta o aumento da taxa de natalidade".
Segundo a Angop, nos últimos cinco anos, no campo da saúde foram enquadrados 33.093 profissionais, completando um aumento na ordem dos 35 por cento da totalidade da força de trabalho. Ainda no período em referência, também se verificou um incremento de 163 unidades sanitárias modernas e equipadas com tecnologia moderna. Assim, o Sistema Nacional de Saúde tem, neste momento, 96.831 profissionais e conta ainda com mais 13.426 camas.
