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Diamantino Azevedo: minerais críticos garantem investimento estrangeiro e devem ser desenvolvidos em Angola

Os minerais críticos conhecidos no país garantirão maior investimento estrangeiro no sector. A consideração foi feita pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que sublinhou igualmente que querem que “uma parte significativa da sua cadeia de valor seja desenvolvida” no país visando o desenvolvimento da economia e a “criação de empregos”.

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Na exploração dos referidos minerais "o Executivo exige que uma parte significativa da sua cadeia de valor seja desenvolvida em Angola, para permitir o crescimento da economia e a criação de empregos", disse o governante, ao falar esta Segunda-feira no workshop sobre "Sustentabilidade Ambiental na Actividade Petrolífera Rumo à Transição Energética", realizado pelo Governo através do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e pela Universidade Católica de Angola.

O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás referiu igualmente que os minerais assumem um papel imprescindível no fabrico de baterias de carros eléctricos, telemóveis, aviões, painéis solares, naves espaciais e edificação de turbinas eólicas, por isso o Governo encontra-se dedicado em atrair investidores para esses recursos, considerando o desafio da não dependência do domínio do petróleo, escreve a Angop.

O petróleo e gás natural mantêm-se como as principais bases da economia do país, com a contribuição de 24 por cento no Produto Interno Bruto e de cerca de 96 por cento das exportações, referiu o ministro, que acrescentou que este é um cenário que se quer modificar.

Na ocasião, Diamantino Azevedo defendeu igualmente que "a promoção de todas as iniciativas deveria começar com a realização de conferências nacionais, envolvendo as universidades para discutir e enquadrar matérias como energias renováveis e transição energética nos seus programas académicos".

"No novo paradigma das sociedades, ninguém deve ficar atrás e muito menos a academia, visto que temos que ser audazes, perspicazes e proactivos", explicou o responsável, citado num comunicado do ministério a que o VerAngola teve acesso.

Além disso, o ministro disse que se sentiria satisfeito "se a academia angolana, no geral, e a Universidade Católica de Angola, em particular, tomassem iniciativas direccionadas à formação de quadros nas áreas das energias renováveis e, quiçá, formar parcerias com empresas nacionais e internacionais para o desenvolvimento de projectos científicos e de inovação tecnológica", lê-se ainda na nota.

Entre outros assuntos, Diamantino Azevedo aproveitou para informar que o Governo, por intermédio do ministério por si tutelado, se encontra a efectivar medidas que levam à atenuação das alterações climáticas e à diminuição da pegada de carbono, cumprindo as condições do Acordo de Paris, cujo país é assinante. Nesse sentido, adiantou que a estratégia tem inscrito o fortalecimento da protecção ambiental, bem como uma governança que garanta a sustentabilidade ambiental e social da exploração de petróleo no país por vários anos, escreve a Angop.

Ministro sugere mecanismos para parar declínio da produção petrolífera

Diamantino Azevedo sugeriu alguns mecanismos para parar o declínio da produção petrolífera, tais como as reformas no quadro regulatório e a estratégia de exploração, assim como a prospecção.

O governante considerou que se o Presidente da República não tivesse adoptado medidas a partir de 2017, possivelmente a actual produção petrolífera do país estaria abaixo de um milhão de barris diários, escreve a Angop.

"As intervenções no ambiente de negócio neste sector, a licitação de blocos e a estratégia de exploração e prospecção de mais petróleo de oferta visam atenuar o declínio e manter os níveis de produção estáveis para os próximos anos", disse o responsável, citado pela Angop, quando falava no âmbito da sessão de 'roadshow' para adjudicação dos 12 blocos petrolíferos das Bacias Terrestres do Kwanza e Congo.

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