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ATI e Deutsche Bank fecham financiamento de 305 milhões de dólares para projecto rodoviário em Angola

A African Trade Insurance Agency (ATI) apoiou um empréstimo do Deutsche Bank, no valor de 305 milhões de dólares, ao Ministério das Finanças de Angola, visando o apoio da construção e reabilitação de um projecto rodoviário no país.

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De acordo com um comunicado remetido ao VerAngola, a ATI "apoiou o Deutsche Bank com uma cobertura abrangente de seguro de não pagamento, segurando o banco contra o não pagamento pelo Governo de Angola do empréstimo concedido ao Ministério das Finanças para financiar a construção e reabilitação de uma estrada nacional angolana".

Assim, o empréstimo do ATI, acrescenta a nota, vai ser usado para financiar a reabilitação da EN230 entre Muamussanda (Lunda Norte) e Saurimo (Lunda Sul), numa extensão de 267 quilómetros (Lotes 6 a 9). Além disso disso, "inclui a construção da nova variante circular de Saurimo numa extensão de 39,5 quilómetros (Lote 10), totalizando assim 306,5 quilómetros no total".

"O projecto de infra-estruturas é uma prioridade para o Governo de Angola e reveste-se de grande importância em termos de desenvolvimento, na medida em que facilitará o comércio e melhorará a rede de transportes e logística num corredor geograficamente estratégico", lê-se na nota, que refere ainda que este faz parte de "um corredor de 1100 km, que constitui o eixo principal da Região Metropolitana de Luanda" e aumentará o acesso ao porto de Luanda, enquanto serve "simultaneamente de via auxiliar ao Caminho-de-Ferro de Luanda".

De acordo com a nota, o Ministério das Finanças, através de um comunicado, expressou "o seu apreço pelo apoio e colaboração da ATI na reabilitação EN230: Troço Malanje - Saurimo, em particular", e pelos benefícios vindoiros que vão resultar da adesão de Angola à ATI.

"A EN230: Troço Malanje - Saurimo é um investimento estratégico para a construção de infra-estruturas rodoviárias de interligação provincial que permitirão a ligação entre o norte e o leste do país para um melhor dinamismo na circulação de pessoas e bens. O projecto foi priorizado pelo poder Executivo e está incluído no Programa Nacional de Desenvolvimento (PND) 2022-2027 do Executivo angolano. Com a execução deste projecto, será possível sair da capital do país e viajar até à zona mais oriental do país e talvez até à fronteira com a República da Zâmbia. Com a conclusão das obras, o transporte aéreo deixará de ser o único meio de deslocação naquela região e pretendemos resolver o problema da desertificação da população", lê-se no comunicado.

Citada na nota, Maryam Khosrowshahi, co-directora da cobertura de África, directora dos Mercados de Capitais de Dívida do Sector Público da CEEMEA e presidente da Global SSA do Deutsche Bank, disse que o banco "se orgulha da história multifacetada da sua relação" com Angola e o Ministério das Finanças, acrescentando que se sentem "honrados" por terem sido escolhidos como "parceiro de eleição para esta iniciativa".

"Sentimo-nos honrados por termos sido seleccionados como parceiro de eleição para esta iniciativa de desenvolvimento de infra-estruturas muito importante. Além disso, gostaríamos de agradecer à ATI pela nossa parceria e pelo seu apoio nesta ocasião, que conduziu a uma execução bem-sucedida. Como parte do compromisso do país com a sua agenda de reformas económicas, continuamos a cooperar estreitamente numa série de operações de financiamento prioritárias com elevado impacto social e/ou de sustentabilidade, abrindo caminho para uma mudança duradoura para o povo de Angola. O Deutsche Bank continua na vanguarda da estruturação de financiamentos inovadores no continente africano nos últimos anos", disse Maryam Khosrowshahi.

Por sua vez, Manuel Moses, director executivo da ATI, referiu que a empresa se encontrava "confiante de que este projecto era viável", visto que o Governo angolano "tinha enfatizado novamente o seu compromisso com este projecto como uma prioridade".

Assim, acrescentou: "A ATI, como a maior seguradora DFI do continente, continua a desempenhar o seu papel fundamental no apoio a projectos de infra-estruturas estratégicas nos seus países membros e continuará a apoiar a República de Angola nos seus esforços para melhorar as infra-estruturas e promover o crescimento económico sustentável".

De acordo com o comunicado, o referido projecto é a "primeira iniciativa de financiamento em Angola a beneficiar de uma cobertura de primeira perda fornecida pela ATI".

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