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Exportações de vinho para Angola duplicaram em 2022. Preço médio aumentou 21 por cento

As exportações de vinho para Angola duplicaram em 2022, com o vinho a granel a ser a principal categoria, tanto em volume como em valor e o espumante a que mais cresceu percentualmente.

: iStockphoto/NatashaPhoto
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Os dados a que a Lusa teve acesso constam de um estudo da ViniPortugal, entidade que promove na Quinta-feira "A Grande Prova dos Vinhos de Portugal em Luanda", evento que pretende reunir mais de 400 pessoas, entre produtores, profissionais e consumidores no Hotel Intercontinental.

Em 2022, o valor global das exportações de vinho português atingiu 941 milhões de euros, dos quais quase 50 milhões de euros tiveram Angola como destino, um crescimento superior a 100 por cento face aos 24 milhões de euros de vendas em 2021.

Entre Janeiro e Dezembro de 2022, as exportações totais de vinho atingiram os 339.479 hectolitros e cresceram sobretudo em valor.

"Notamos que há uma recuperação, é um sinal positivo", disse à Lusa a directora de marketing da Viniportugal, Sónia Vieira, sublinhando que a proximidade histórica, cultura e língua tornam este mercado apetecível.

Em termos de categorias, as vendas do vinho a granel representaram mais de 23 milhões de euros, seguindo-se os "tranquilos engarrafados", que englobam vinhos certificados como DOP e IGP, com 22 milhões de euros. Os vinhos espumantes e o "bag-in-box" venderam pouco mais de 3 milhões de euros.

O preço médio das exportações em 2022 (1,45 euros por litro) aumentou 21 por cento face ao ano precedente, apesar de ter tido um decréscimo médio de 4 por cento desde 2018.

Angola representou 5,24 por cento das exportações totais de vinho português em 2022 e constitui o 7.º mercado de destinos de exportação, que é liderado por França.

Para Sónia Vieira, este ranking não deve vir a sofrer alterações significativas, já que os produtores tendem a procurar mercados como os EUA, Canadá e Brasil, que estão em expansão e têm um preço médio mais alto.

Portugal continua a ser líder de mercado em Angola (com uma quota de mercado de 85 por cento), mas o poder de compra e o desconhecimento limita a procura por vinhos mais caros e de maior qualidade, uma realidade que a Viniportugal quer mudar, trazendo este ano 31 produtores de 10 regiões.

Alentejo, Douro e Vinhos Verdes lideram as preferências dos angolanos, mas Sónia Vieira destaca que as outras regiões têm uma presença cada vez maior, em particular a região da Madeira.

A ViniPortugal é a entidade gestora da marca Vinhos de Portugal, que visa a promoção e valorização da imagem de Portugal enquanto produtor de vinhos, agrupando várias estruturas associativas e organizações de profissionais ligadas ao comércio, produção, cooperativas, destiladores, agricultores e regiões demarcadas.

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