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Portugal com balança comercial favorável nas trocas com Angola

Portugal apresenta uma balança comercial positiva nas trocas com Angola, com um coeficiente de cobertura de 228 por cento em 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pela Agência Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

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De acordo com os mesmos dados, as exportações lusas atingiram 1512 milhões de euros em 2018, 1238 em 2019, 870 e 951 milhões de euros em 2020 e 2021 – anos de pandemia de covid-19 - e 1423 milhões de euros no ano passado.

As importações de Angola variaram entre um máximo de 1075 milhões de euros em 2019 e os 623 milhões em 2022 - ano em que o coeficiente de cobertura das exportações pelas importações, pela parte portuguesa, foi na ordem dos 228 por cento.

No ano passado, os principais produtos exportados para Angola foram medicamentos (4.07 por cento do total), óleo de soja, vinhos e uvas frescas, instrumentos e aparelhos para medicina, máquinas, materiais para construção, máquinas automáticas para processamento de dados, enchidos e produtos semelhantes, fios e cabos, e centrifugadores.

Em relação a 2021, os maiores crescimentos (acima dos 100 por cento) em termos de setores exportadores registaram-se ao nível das máquinas e aparelhos, do azeite e dos veículos automóveis para usos especiais (autossocorros ou camiões-guindastes).

Entre as empresas lusas maiores exportadoras para o mercado angolano estão a Sovena, a Sicasal, a Mota Engil, a Omatapalo Engenharia e Construção, a Collison (Zona Franca da Madeira), o Onis Group Construção e Engenharia, e a Quinta de Jugais - Comércio de Produtos Alimentares.

Do lado das importações, o lugar cimeiro é o petróleo e minerais betuminosos que atingiu mais de 593 milhões de euros no ano passado, representando 67,42 por cento do total. Depois do petróleo seguem-se na lista das importações os crustáceos, os refrigerados, congelados, as bananas, e o grupo de produtos de granito, basalto, arenito (grés) e outras pedras de cantaria ou de construção.

“As relações estão muito boas, nunca estiveram tão bem quanto agora, precisamos é de aumentar o investimento português em Angola e onde for possível”, afirmou o Presidente João Lourenço, numa entrevista divulgada na Quinta e na Sexta-feira.

Segundo o Governo português, as empresas nacionais marcam presença em quase todos os sectores da economia em Angola, com destaque para a agricultura, indústria transformadora, tecnologias de informação e telecomunicações, energia, água, saneamento e produtos farmacêuticos. Estima-se que serão mais de 1250 empresas com capital português, ou capital misto, no mercado angolano.

Angola é a oitava maior economia de África e um dos maiores produtores de petróleo do continente, referem

O executivo de Lisboa assinala também que Angola é um dos principais parceiros comerciais de Portugal, designadamente enquanto destino das exportações de bens e serviços, mantendo a nona posição como cliente dos bens portugueses, e a décima quinta enquanto fornecedor.

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