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Fábrica de vacinas animal será “moderna” e poderá tornar país auto-suficiente na produção destas vacinas

A fábrica de vacinas animal, que está a ser construída no Huambo, vai ser “moderna e equipada com material de última tecnologia”. Com dimensão internacional, a unidade fabril poderá tornar Angola num país auto-suficiente no que diz respeito à produção de vacinas para animais.

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A informação foi avançada pelo ministro da Agricultura e Florestas, António de Assis, que visitou, esta Quinta-feira, as obras da futura fábrica.

Na ocasião, o governante enalteceu "a importância de Angola ter uma fábrica de vacinas animal, cuja execução já está em curso, no espaço anexo ao Instituto de Investigação Veterinária (IIV), na província do Huambo", refere um comunicado do Governo Provincial do Huambo, a que o VerAngola teve acesso.

Ao falar no final da visita de constatação das obras do futuro Centro de Bioveterinária e Fábrica de vacinas animal, o titular da pasta da Agricultura e Florestas fez saber que esta será uma infra-estrutura "moderna e equipada com material de última tecnologia e operada em todas as suas vertentes por quadros angolanos, nas suas mais diversas profissões".

O ministro informou, igualmente, que a fábrica é de dimensão internacional, sendo que poderá ajudar o país na auto-suficiência da produção deste tipo de vacinas. "A referida fábrica é de dimensão internacional e poderá atender não só o nosso continente, mas também outras latitudes por conta da sua capacidade que poderá tornar Angola um país auto-suficiente naquelas vacinas que poderá produzir", lê-se na nota.

A futura unidade fabril vai produzir, anualmente, cerca de 195 milhões de doses de vacinas animais, "sendo 30.600 para mamíferos, 15.000 doses para aves" e "mais de nove mil unidades de antígenos para reagentes diagnósticos", acrescenta a nota do governo provincial.

Segundo a Angop, prevê-se as obras da fábrica – orçada em mais de 125 milhões de euros e a ser construída numa área de 21.910 metros quadrados – sejam concluídas em 2027.

Por outro lado, o governante também abordou a questão dos fertilizantes. O ministro informou que o Governo se encontra atento às complicações dos agricultores no acesso a fertilizantes, facto que Angola ainda se encontra sujeita, devido a não ter uma fábrica deste género. Contudo, adiantou que esse problema será solucionado após concluído o projecto de edificação da fábrica de fertilizantes no Soyo, que fabricará quantidades várias para o crescimento da produção, escreve a Angop.

Citado pela Angop, António de Assis disse haverem contactos com parceiros internacionais no sentido de implementar empresas de fertilizantes em Angola, visando facilitar o desenvolvimento da agricultura.

Na ocasião, o ministro considerou ainda que o país não possui outra via para solucionar os impactos da escassez de produção alimentar, a não ser a aposta na agricultura familiar por se assumir como o caminho mais eficiente para o fornecimento de porções suficientes de alimentos como o arroz, açúcar, farinha, entre outros, escreve a Angop.

De referir que António de Assis cumpre, no Huambo, uma visita de trabalho de três dias. Além da visita às obras da futura fábrica de vacinas animal, a sua agenda – segundo uma outra nota do governo do Huambo – tinha igualmente prevista uma visita ao Instituto de Investigação Agronómica, bem como às cooperativas agrícolas 'Etu Tuyula (Nós Venceremos)' e 'Gilberto Lutucuta' e ainda a concretização de um encontro sobre o "Relançamento da Produção do Trigo em Angola".

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