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InduPlás vai produzir sacos de papel. Investimento é de 500 milhões de kwanzas

A InduPlás, empresa vocacionada para a produção de sacos de plástico, vai acrescentar uma nova valência às suas competências. A unidade vai começar a produzir, a partir do primeiro trimestre de 2023, sacos de papel, num investimento de cerca de 500 milhões de kwanzas.

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A informação foi avançada por Adelino Mateus, presidente do Conselho de Administração (PCA) da Angola All Box Lda. – empresa que detém a InduPlás.

Em declarações ao jornal Mercado, o responsável esclareceu que a empresa vai investir 500 milhões de kwanzas para iniciar, nos primeiros três meses de 2023, a produção de sacos do tipo kraft (papel).

Estas novas embalagens, de acordo com o responsável, irão substituir alguns sacos plásticos, que são tidos como "principais fontes de poluição ambiental e um dos maiores estorvos do escoamento das águas da chuva".

Citado pelo Mercado, Adelino Mateus indicou que se espera expandir a produção no horizonte temporal de dois anos: "A expectativa é expandir a produção nos próximos dois anos, porque esperamos um crescimento acima dos 70 por cento na produção e arrecadação de receitas, uma vez que introduziremos novos produtos e haverá um aumento na nossa produção".

Sobre os produtos que fabricam, o responsável indicou que estes têm valor no mercado do país, com destaque para as zonas pesqueiras uma vez que "normalmente são utilizados para isolamento térmico nas caixas de conserva de pescados".

Contudo, referiu que a empresa enfrenta algumas adversidades, sublinhando que a obtenção de matéria-prima é o mais inquietante, uma vez que é originária da Arábia Saudita.

Entre os obstáculos, o responsável, citado pelo Mercado, mencionou ainda complicações em conceber uma empresa no país: "Abrir e manter um negócio em Angola é difícil (sobretudo com a crise económica que se vive há alguns anos) pois aumentou a dificuldade de importação de matéria-prima, ameaça de escassez de divisas, inflação e a inexistência de políticas rigorosas para o controlo de importação de produtos acabados que concorrem com os nossos".

Disse igualmente que o cenário de câmbio também não ajuda as metas da empresa, uma vez que a falta de divisas complica a importação e obstrui a expansão.

"A desvalorização do kwanza elevou a procura dos nossos produtos, visto que não há grande oferta de produtos importados por causa da escassez de divisas. Assim, fica como nosso o desafio de dar resposta à demanda e fazer frente a este novo cenário que se vive actualmente em Angola", acrescentou, citado pelo Mercado.

A fábrica, que conta com 38 colaboradores, abriu portas em 2013 e está situada na Zona Económica Especial Luanda-Bengo, sendo capaz de produzir cerca de 698 toneladas de sacos de plástico anualmente.

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