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Ministra da Saúde assegura que surto de malária em Benguela está em declínio

O surto de malária em Benguela está em fase descendente, disse a ministra da Saúde, que adiantou que o investimento na luta contra a covid-19 está também a contribuir para o tratamento da malária.

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"Nós comparamos as semanas epidemiológicas e Benguela já está na fase descendente", adiantou Sílvia Lutucuta, numa conferência de imprensa em que foi feito um ponto de situação sobre a malária, em Luanda.

A ministra atribuiu o declínio às "medidas enérgicas" que foram tomadas no âmbito do plano de contingência, incluindo vigilância epidemiológica e de laboratório, melhorias no saneamento e abastecimento de água potável, mobilização social e logística.

"Tudo estamos a fazer nas unidades de referência para garantir que o doente que vai à consulta seja logo testado e saia já com os seus medicamentos", acrescentou.

Na semana passada, foi noticiado que um surto de malária e dengue estava a assolar a província de Benguela, com o registo diário de dois mil casos, com uma morte em cada 400 casos diagnosticados, forçando as unidades sanitárias a uma taxa de ocupação três vezes acima da capacidade.

Silvia Lutucuta salientou que o investimento feito em meios para prevenção e combate à covid-19 estão a ajudar no combate a malária.
"As nossas crianças estão a ser mais bem tratadas, sobretudo a nível de cuidados intensivos. Tivemos ganhos com a covid que não são só para a covid, são úteis para o tratamento de outras doenças", salientou.

A responsável da pasta da Saúde reiterou o objectivo de chegar a 2025 como um país com erradicação da malária, indicando que há "esforços conjugados que vão continuar a ser feitos sobretudo nos determinantes de saúde", nomeadamente o saneamento básico.

Silvia Lutucuta admitiu que a combinação do lixo acumulado e das chuvas intensas como as que se verificaram em Abril em Luanda potenciaram o surgimento dos mosquitos.

"Ficámos numa situação em que os vários tipos de mosquitos estão a reproduzir-se em grande escala e as doenças começam a surgir", realçou.

Angola registou, entre Janeiro e Maio de 2021, 3.799.458 casos de malária e 5573 óbitos, com uma taxa de letalidade de 0,1 por cento, representando um acréscimo de casos e uma redução de mortes face ao período homólogo.

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