Elisabete Dias dos Santos afirmou que o incêndio "não compromete" as operações do grupo nem a marca Kikovo, já que as unidades produtoras de ovos têm unidades de frio autónomas.
Segundo o porta-voz do Serviços de Protecção Civil e Bombeiros Faustino Migues, o alerta foi dado pelas 02h00 por um cidadão que passava nas imediações do local, situado em Viana, nos subúrbios de Luanda.
"Mobilizámos o quartel de Viana, tendo em conta a magnitude do incêndio e enviámos cinco viaturas e 22 efectivos", adiantou Faustino Miguéns.
O fogo foi dado com controlado e extinto cerca de duas horas e meia depois, indicou, sublinhando que a pronta intervenção dos bombeiros permitiu evitar que as chamas atingissem o reservatório de combustível situado junto ao grupo gerador.
O incêndio reduziu a cinzas o complexo industrial constituído por cinco naves com câmaras frigoríficas que eram usadas para armazenamento de frescos.
"Presume-se que tenha sido um curto-circuito", adiantou o responsável dos bombeiros, acrescentando que prossegue o trabalho de investigação.
Questionado sobre os prejuízos, Faustino Miguéns disse que os danos estão ainda a ser avaliados com a direcção da empresa, pertencente ao grupo Diside da empresária Elisabete Dias dos Santos, filha do presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos "Nandó".
A empresária adiantou à Lusa que, "a nível de estratégia do grupo", a ideia era canalizar toda a produção de frescos para o centro de distribuição que ardeu.
Além da Kikovo e da fazenda Pérola do Kikuxi, onde são produzidos os ovos, o grupo Diside é detentor da Solmar, empresa que se dedica à actividade pesqueira e processamento de pescado.
