Os primeiros infectados fora da capital terão violado a cerca sanitária imposta à província de Luanda, sendo um angolano e dois cidadãos da África Ocidental.
De acordo com Maria Filomena Wilson, directora do Gabinete Provincial da Saúde, os pacientes são do sexo masculino, com idades entre os 34 e os 58 anos, sendo que um dele inspira cuidados especiais por ter outras doenças crónicas associadas.
O órgão provincial adiantou ainda que está a adoptar as medidas necessárias para a gestão e acompanhamento dos infectados. De acordo com o Jornal de Angola, os pacientes aguardam a transferência para o hospital de campanha instalado no Destacamento do Corpo dos Bombeiros do Morro do Binda, periferia da cidade de Ndalatando.
Localmente, e desde Abril, foram realizados testes de rotina a casos suspeitos que resultaram na colheira de 191 amostras, sendo 39 negativas e três positivas. As restantes encontram-se em processamento no laboratório central, em Luanda.
A responsável garantiu ainda um reforço nas equipas médicas na provincia, para o seguimento dos casos positivos e a realização de novas rondas de testagem. Desta forma, avançou que as autoridades locais solicitaram ao Ministério da Saúde autorização para que a província possa ser autónoma na realização de testes à covid-19.
Actualmente o Cuanza Norte conta com um centro de quarentena instalado no Aeroporto Comandante Ngueto, com capacidade de 30 camas, e um hospital de campanha equipado com 40 camas para internamento.
Angola conta 148 casos positivos de covid-19, seis mortos, 78 activos e 647 recuperados. O Cuanza Norte tornou-se, na Terça-feira, na segunda província a registar casos positivos, depois de Luanda.