A criadora da marca acredita que as peças sustentáveis são o futuro: "Reparar é o acto de reconstruir e reconectar-se com as roupas que outrora já não tinham valor, pode ser o começo de um caminho para consertar e rever não apenas a indústria da moda, mas também a transformação em relação ao consumo das próximas gerações".
"A moda consciente e sustentável questiona a forma como as nossas roupas são feitas, usadas e reutilizadas, eu acredito que hoje em dia todos os trabalhos devem ter um propósito", diz, em entrevista ao Sapo.
O consumismo tem de ser reduzido e, aos olhos de Cássia nenhuma roupa deve ser considerada 'lixo' quando já não é tendência ou não está na moda. A responsável revela que é incapaz de deitar fora uma peça de roupa, afirmando que qualquer pedaço de tecido pode ser transformado.
Para Cássia Sephora basta personalizar a peça de roupa, que esta ganha "uma nova vida".
A loja abriu há cerca de três meses e as peças são inspiradas no "quotidiano com um toque vintage e retro, propondo peças de vestuários coerentes com um estilo de vida individual e consciente".
Como ainda é uma marca muito recente no mercado nacional, a empresária diz que ainda não é possível viver só dos lucros da loja, contudo, o objectivo é que a marca seja reconhecida e marque os angolanos pelo seu lado irreverente e inovador.
"Queremos que a marca seja reconhecida pela sua estrutura firme e diferenciada, uma marca inovadora que realmente tenha feito alguma diferença na mentalidade angolana porque não queremos só comercializar roupas, queremos que as pessoas percebam que quando se toma a decisão de consumir produtos que têm um impacto bom no meio ambiente estarão a desenhar o futuro das próximas gerações", afirmou.