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Crescimento dos empréstimos na banca de Angola vai abrandar nos próximos anos, diz Fitch

A consultora Fitch Solutions considerou esta Quarta-feira que o crescimento dos empréstimos na banca de Angola vai abrandar nos próximos anos devido ao peso do Estado no sector, que dá pouca margem para a actividade privada.

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"O sector bancário angolano vai enfrentar numerosos desafios à medida que se desenvolve nos próximos anos, mas a qualidade dos activos mantém-se baixa e o endividamento público está a aumentar, deixando pouca margem para os empréstimos ao sector privado", lê-se numa análise da Fitch ao sector financeiro angolano.

De acordo com a análise feita por esta consultora detida pelos mesmos donos da agência de 'rating' Fitch, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, "neste contexto e com um ritmo moderado de depreciação do kwanza nos próximos trimestres, o crescimento dos empréstimos deverá abrandar durante os próximos anos antes de recomeçar a subir" mais para o final desta década.

No futuro, acrescentam, "o sector deverá ver mudanças na estrutura já que o Governo está a planear privatizar várias entidades, fazendo com que a consolidação seja mais provável entre as pequenas instituições que já estão em dificuldades para cumprir os padrões regulamentares".

Apesar das dificuldades, a Fitch Solutions diz que "o sector dos serviços e da banca em Angola oferece um considerável potencial de crescimento", lembrando que a taxa de penetração dos serviços financeiros fora do sector bancário é baixa e que o Governo tem "muito interesse em desenvolver a inclusividade financeira, estando a levar a cabo uma série de reformas para tornar o mercado mais acessível e garantir mais liquidez".

Só que, concluem, "os níveis de rendimento médio são baixos e o emprego informal com níveis elevados vai continuar a excluir muitos potenciais cidadãos de serem clientes dos sectores dos seguros e da gestão de activos".

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