No discurso de abertura do VIII Conselho Consultivo do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), sob o lema "Reforma e Formação: Uma Visão Virada para o Futuro", Manuel Augusto considerou fundamental que se opte por uma diplomacia "proativa e focada na diversificação económica nacional".
O chefe da diplomacia referiu-se à necessidade de o país apostar mais no ingresso de quadros nacionais nos órgãos de decisão das diferentes organizações internacionais e regionais, considerando "indispensável a dinamização das relações" com as comunidades angolanas no exterior.
Nesse sentido, traçou como metas imediatas a efectivação do programa especial de registo civil, sobretudo nos países fronteiriços, a fim de assegurar a participação da diáspora no desenvolvimento do país.
Perante os directores dos órgãos executivos centrais, embaixadores, cônsules e chefes de departamento, Manuel Augusto salientou que o MIREX continua a dedicar atenção à conclusão dos acordos de promoção e protecção recíproca de investimentos, à semelhança do que já foi feito recentemente com Portugal.
Segundo o chefe da diplomacia, o objectivo, entre outros factores, é "evitar" a dupla tributação nos investimentos, criar um ambiente de negócios de "confiança", bem como "consolidar" parcerias para concretizar os programas do Executivo.
No quadro bilateral, Manuel Augusto realçou a importância da eliminação dos constrangimentos, "ainda existentes", na concessão de vistos, sobretudo aos empresários, e apelou aos chefes de missão para uma gestão "responsável e transparente" do dinheiro público.
O VII Conselho Consultivo está a debater temas como "A Gestão das Missões Diplomáticas e Consulares", "A Reforma dos Funcionários", o "Plano de Redimensionamento" e o "Fundo Interno do Ministério das Relações Exteriores".