Bornito de Sousa, que visitou os museus nacionais de Antropologia e de História Natural, na qualidade de Presidente da Comissão Nacional do Património Mundial, citado pela Angop, encorajou a continuação das acções para a valorização, conservação e preservação do património, em particular o acervo exposto nos museus, "que deve servir para o aumento do conhecimento e reforço da identidade nacional, em particular, no seio das jovens gerações".
Acompanhado pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, o vice-Presidente, visitou a exposição temporária, salas de caça, do poder tradicional e o depósito da colecção etnográfica e da biblioteca.
Por seu turno, a ministra da Cultura agradeceu a defesa da rede museológica nacional, "que enfrenta carências de quadros humanos especializados, condições técnicas, de restauro e diversificação das peças em exposição".
Na ocasião, Carolina Cerqueira pediu a realização de visitas do género a outros monumentos e sítios incluídos na lista do património cultural nacional.
Localizado no bairro dos Coqueiros, na cidade de Luanda, e fundado a 13 de Novembro de 1976, o Museu Nacional de Antropologia foi a primeira instituição museológica criada após a proclamação da independência, a 11 de Novembro de 1975.
O museu recebe em média 1400 visitantes por mês e tem cinco salas de exposições que reflectem a realidade das comunidades, com temáticas como a caça, pesca, vida doméstica, cerâmica, pastorícia, os símbolos do poder político tradicional, as crenças religiosas e os instrumentos musicais.
Outro importante polo é o Museu Nacional de História Natural, criado em 1938 como Museu de Angola e instalado na Fortaleza de São Miguel de Luanda.
Inicialmente contava com secções de etnografia, história, zoologia, botânica, geologia, economia e arte, tendo, posteriormente, sido anexados o arquivo histórico colonial e uma biblioteca.
Com a proclamação da independência, o museu sofreu algumas mudanças, a começar pelo nome, passando a denominar-se Museu Nacional de História Natural, desde Maio de 1976.