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BNA dá mais um mês para avaliar atrasos nos pagamentos ao exterior

O Banco Nacional de Angola (BNA) alargou o prazo de levantamento sobre a situação dos pagamentos atrasados ao exterior até Agosto, porque muitos processos não se encontravam em posse dos bancos comerciais, originando a duplicação dos números.

Walter Fernandes:

A informação foi divulgada pelo governador do BNA, José de Lima Massano, num encontro que manteve em Luanda com a classe empresarial para a apresentação formal do diploma sobre a importação e exportação de mercadorias.

José de Lima Massano lembrou que está em curso o levantamento dessas situações, nomeadamente processos que aguardavam oportunidade cambial desde finais de 2014, salientando que "são de facto de grande preocupação".

Em causa estão pedidos de transferências ou pagamentos ao exterior do país que ficaram por realizar devido à crise cambial.

Segundo José de Lima Massano, o banco central iniciou o processo de regularização e tinha a intenção de o finalizar este mês.

Um primeiro levantamento foi feito a 26 de Abril deste ano, entretanto, o banco central apercebeu-se "que muitos processos não estavam em posse dos bancos comerciais" o que obrigou ao "alargamento do prazo".

"Concedemos mais 30 dias, o processo terminou em Maio, e de Abril para Maio tivemos as operações atrasadas, com um factor de crescimento com alguma preocupação, os números simplesmente duplicaram, daí que nós não paramos o processo, temos estado a atender e a disponibilizar recursos por isso para regularizar esses atrasados", explicou o governador do BNA.

Todavia, acrescentou, o processo não termina este mês e vai continuar, com as autoridades bancárias na expectativa dos meses de Julho ou Agosto para "a situação ficar tratada em definitivo".

"Em alguns casos, em que os números são expressivos, temos estado a dialogar de forma directa e a encontrar um calendário que confira a tal previsibilidade, que permite que na relação com os parceiros no exterior as relações possam também ganhar um novo momento e estabilidade", frisou.

José de Lima Massano considerou que este "é um cenário que não pode voltar a acontecer". "Temos que aprender um pouco com estas lições, daí termos introduzido novas regras, que vão ajudar-nos a conferir maior previsibilidade e vão também levar com que a nossa exposição perante o exterior seja não apenas controlada, mas sobretudo que nos dê a possibilidade de gerirmos e ajustarmos as nossas acções àquilo que são as disponibilidades que efectivamente possuímos", salientou.

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