Ver Angola

Ambiente

Maior fazenda de milho do país garante centro de saúde para 2500 pessoas

A Fazenda de Santo António, a maior produtora de milho em Angola, na província do Kwanza Sul, anunciou que está a reabilitar o centro de saúde local, para servir cerca de 2500 habitantes da aldeia de Tari.

JaImagens:

De acordo com informação disponibilizada à Lusa pela administração daquela exploração agropecuária, localizada no município da Quibala e que se estende por uma área de 10.000 hectares, o objectivo é "servir a população local em cuidados paliativos de saúde e de enfermagem", numa área onde vivem 600 crianças e os trabalhadores da própria fazenda.

Para tal, a fazenda assume a reabilitação das actuais instalações, em avançado estado de degradação, depois de ainda este ano ter construído de raiz uma escola primária na mesma aldeia, para 200 crianças, com seis professores, suportando os custos com docentes e material didáctico.

O acesso a cuidados de saúde e ao sistema de ensino são duas das maiores necessidades sociais no nosso país, que conta, nomeadamente, com cerca de dois milhões de crianças fora das escolas, por falta de vagas, estabelecimentos escolares ou professores.

Com mais de 200 trabalhadores recrutados localmente, a Fazenda de Santo António é a maior produtora de milho de Angola, produzindo 40.000 toneladas por ano, e conta ainda com uma unidade de secagem e uma fábrica de rações para animais.

Representou um investimento de 30 milhões de dólares e conta ainda com mais de 2000 cabeças de gado e produz anualmente 20.000 suínos.

"Angola precisa de produção. Precisa de produção de milho e soja para fazer ração, para termos porcos, para termos aves, para fazermos o confinamento das vitelas e das vacas, para rapidamente Angola ser um país sem necessidade de importar [carne], e nós estamos a dar essa ajuda", disse, este mês, o administrador da fazenda, o luso-angolano Fernando Teles, que lidera igualmente o banco BIC.

Assumiu que actualmente os empresários angolanos do sector agrícola e pecuário "ainda perdem muito dinheiro", face à competição da carne que vem do exterior, defendendo por isso medidas governamentais concretas para "fazer com que as importações diminuam".

A criação de fundos, em conjunto com os bancos, para ajudar novos agricultores a entrar na actividade, é outra das necessidades que Fernando Teles identifica: "E acho que toda a banca está disponível".

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.