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Angola LNG: gás natural angolano rendeu 1500 milhões em 2017

O projecto Angola LNG, que em 2017 atingiu receitas acima de 1500 milhões de dólares, tem como maior prioridade para os próximos cinco anos aumentar investimentos nas reservas existentes e depois na capacidade de exploração.

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A posição foi expressa em Luanda pelo administrador executivo do projecto Angola LNG, Artur Pereira, em declarações à imprensa à margem da apresentação do Relatório Energia em Angola 2017, elaborado do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica.

O Angola LNG é o maior investimento no sector do petróleo e gás no país, com mais de 11.000 milhões de dólares apenas na instalação fabril, situada no Soyo, província do Zaire, com uma capacidade de 5,2 milhões de toneladas anuais e 125 milhões de pés cúbicos para consumo local.

Artur Pereira manifestou-se confiante quanto ao futuro do projecto, sublinhando que "existe gás e existem recursos, que devem ser desenvolvidos" no país, estando a ser feito pelo Angola LNG e parceiros "um esforço brutal".

"Nós temos que avançar com empenho e temos que ser lestos. Para o futuro há duas fases, nos próximos cinco anos tem a ver com investimento nas reservas existentes e no futuro na exploração. A exploração vai fazer a diferença", disse.

Segundo o responsável, a contribuição para o sector petrolífero é grande, tendo consumido todo o gás produzido em Angola ligado a todos os campos e todos os blocos de exploração de petróleo, que antes não era aproveitado, sendo queimado ou re-injectado nos poços.

O administrador executivo do Angola LNG considerou ainda fundamental para o projecto maximizar a capacidade de produção instalada, que chega aos cerca de 70 por cento de processamento.

"Precisamos de cumprir esse 'gap' de 30 por cento, por isso é que dizia a instantes que é fundamental investirmos substancialmente", referiu.

De acordo com Artur pereira, o Angola LNG faz actualmente a interligação da produção petrolífera offshore à indústria em terra, através de gasodutos, trazendo "vantagens significativas", como a disponibilização de gás para a geração de energia.

Actualmente, acrescentou, o projecto fornece à Sonangol todo o gás de cozinha consumido no mercado, que comercializa na moeda nacional à petrolífera estatal.

"O gás, ao contrário de outros recursos, é realmente a energia do futuro e tem vantagens brutais. O que nós fizemos no Soyo é transformar um poluente em energia e por isso o que é fundamental para o futuro é como transformar essa energia em maior aproveitamento para a nossa economia, e pode ser pela via industrial, por exemplo fertilizantes, e pode ser pela via energética", frisou.

Em 2016, devido à conjuntura mundial, o projecto foi afectado pelo período de queda de preços, pelo que recorreu a um financiamento externo.

"O que fizemos foi testar o Angola LNG a nível dos mercados financeiros internacionais e conseguimos levantar à volta de 1800 milhões de dólares, é inédito para uma empresa privada conseguir um empréstimo competitivo, que ajudou nesta fase crítica. Foi uma forma de rentabilizar os capitais financeiros dos accionistas", disse.

Lançado em 2007 para aproveitar o gás natural resultante da exploração petrolífera, o projecto reúne, além da Chevron (36,4 por cento), a Sonangol (22,8 por cento), a britânica BP Exploration (13,6 por cento), a italiana Eni (13,6 por cento) e a francesa Total (13,6 por cento).

Entre 2013-2016, o projecto registou uma paragem, período em que foram realizadas alterações de modo, com novos investimentos, para se atingir os resultados actuais, sendo hoje "um caso de sucesso em Angola", disse Artur Pereira, apresentando um nível de fiabilidade de 90 por cento.

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