Ver Angola

Cultura

"A Ilha dos Cães": filme que une Portugal e Angola chega às províncias do país

O filme "A Ilha dos Cães", rodado parcialmente no país, deverá ser exibido em várias províncias do país, depois da ante-estreia em Luanda, apesar de as duas distribuidoras nacionais o terem recusado.

:

A informação foi transmitida pelo realizador português Jorge António, em entrevista à Lusa após a apresentação do filme, na Quarta-feira, na abertura do primeiro Ciclo de Cinema Messu, em Luanda, e apesar de a estreia em Portugal ter acontecido já a 20 de Abril.

O filme foi rodado parcialmente em Luanda e no Namibe, com actores angolanos, mas em Angola nenhuma empresa de distribuição nacional se mostrou disponível para avançar com a exibição do filme, que refere na sua sinopse retratar o país no período colonial e na actualidade, em salas de cinema da rede comercial.

Depois da ante-estreia na abertura do primeiro Ciclo de Cinema Messu, intitulado "Independência e os filhos da Independência", no auditório do Banco Económico, em Luanda, Jorge António referiu que já há um distribuidor com salas em províncias como Namibe, Benguela, Huambo e Huíla, e com disponibilidade para alugar um cinema em Luanda, para assim projectar o filme.

"Vamos fazer outras sessões noutras salas e noutras províncias, o que eu acho que vai ser até muito mais interessante do que se o filme estivesse em sala, comercialmente", disse o realizador, após uma ante-estreia com sala, improvisada, praticamente cheia.

"Foi uma decisão comercial, o filme não está proibido pelo Estado. Vamos apresentar o filme nas condições que forem possíveis, porque o mais importante é mostrar o filme", atirou.

Esta ante-estreia representou também a oportunidade de pela primeira vez os actores angolanos assistirem à versão final, como foi o caso de Miguel Hurst, que lamentou que o filme não tivesse chegado ao circuito comercial.

Além da ante-estreia - e outra exibição em Agosto - da longa-metragem "A Ilha dos Cães", o Ciclo de Cinema Messu vai ainda apresentar filmes históricos de Sarah Maldoror e António Ole, sessões com filmes de autores representantes do cinema angolano como Orlando Fortunato, Mariano Bartolomeu, Ruy Duarte, Ademir Ferreira, Maria João Ganga e de jovens promissores no panorama nacional.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.