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Ambiente

UE disponibiliza 73 milhões para reforçar segurança alimentar no sul do país

A União Europeia (UE) disponibilizou 73 milhões de dólares para desenvolver em três províncias do sul do país, afectadas pela seca, um projecto para o reforço da segurança alimentar e nutricional, que deverá arrancar em 2018.

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As províncias beneficiárias são o Cunene, Huíla e Namibe, regiões que nos últimos cinco anos consecutivos registaram períodos de seca severa, que afectou mais de um milhão de pessoas com prejuízos económicos na ordem dos 744,4 milhões de dólares, segundo dados do Governo.

Terça-feira, foi realizada a apresentação oficial do projecto de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional (FRESAN), a ser executado nos próximos cinco anos, na cidade de Moçamedes, capital da província do Namibe.

Segundo a gestora do projecto junto da UE em Angola, Susana Martins, o principal objectivo é contribuir para a redução da fome e da pobreza nas camadas mais vulneráveis dessas três regiões, garantir a segurança alimentar e nutricional, com o reforço da agricultura familiar e sustentável.

Susana Martins, citada pela agência noticiosa Angop, referiu que o projecto está divido em várias componentes, nomeadamente a introdução de metodologias de formação nas diversas comunidades abrangidas, nas escolas de campos agrícolas e agropastoris, bem como de equipamentos e práticas de agricultura que vão facilitar o trabalho e aumentar a produção.

Com este projecto pretende-se ainda dinamizar o sistema de reservas alimentar, sensibilizar para a melhoria nutricional através da educação alimentar, reabilitar infraestruturas para captação e conservação de água para irrigação, consumo humano e animal.

As acções vão estar igualmente viradas para apoiar a resiliência dos agricultores e produtores familiares, com a divulgação de técnicas de multiplicação e promoção de bancos de sementes, conservação e uso sustentável dos solos e pastos.

A seca tem aumentado o número de casos de subnutrição, nos últimos cinco anos, nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe.

O Cunene, a província mais afectada pela seca, entre 2011/2012 passou de um total de 1357 casos de subnutrição registados, para 9999, em 2015, segundo dados do relatório, a que agência Lusa teve acesso, de Avaliação das Necessidades Pós-Desastre (PDNA, na sigla em inglês), que analisou a seca em Angola no período entre 2012-2016.

No ano entre 2014/2015, o relatório indica que a falta de chuvas foi severa e generalizada, sobretudo na primeira fase da estação e prolongou-se até final de Abril de 2015, sendo esta considerada o período mais seco nos últimos 25 anos nas províncias do Cunene e do Namibe e a segunda para a Huíla.

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