De acordo com um comunicado da OMS, como o surto de febre-amarela continua na região, a agência da ONU vai lançar uma campanha de vacinação de emergência na RDCongo, na fronteira de Angola e na capital congolesa, Kinshasa, para deter a epidemia e o risco de propagação internacional.
A fase inicial da campanha inicia-se em Julho e irá concentrar-se em distritos com alta circulação de pessoas e actividades comerciais intensas, especialmente em distritos na fronteira norte de Angola e em distritos que fazem fronteira com países vizinhos.
Especificamente, entre 75 a 100 quilómetros de distância da fronteira entre Angola e a RDCongo, tendo também como alvo as zonas/comunidades em risco na cidade de Kinshasa. Isto irá criar uma área “tampão” imune para impedir a propagação internacional.
Até agora, mais de 15 milhões de doses de vacina foram entregues à Angola e à RDCongo. No entanto, a necessidade urgente de acelerar as campanhas de vacinação e à falta de fundos suficientes para as actividades operacionais de campo, continuam a ser um desafio em Angola e na República Democrática do Congo.
Angola e RDCongo estão a ser apoiados pela OMS e outros parceiros para fortalecer a triagem da febre-amarela nos principais pontos de entrada, incluindo Luanda, Kinshasa, Lubumbashi e Matadi. A vacinação está a ser oferecida nesses pontos de entrada para os viajantes elegíveis.
Desde de 13 Junho de 2016, em três países - China, Quénia e República Democrática do Congo - foram relatados casos ligados ao surto de Angola.
As autoridades de saúde nacionais vacinaram perto de metade da população contra a febre-amarela em quatro meses, tentando desta forma travar a propagação da doença, que desde 5 de Dezembro já provocou 345 mortos no país e infectou quase 3200 pessoas.
A informação consta de um relatório da OMS, segundo o qual 10.641.209 pessoas foram vacinadas no país contra a doença, até 10 de Junho.
Na RDCongo, segundo o Ministério da Saúde, ocorreram cinco casos fatais e há ainda mais de mil casos suspeitos.