A informação consta do mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), a que a Lusa teve acesso, segundo o qual 10.641.209 pessoas foram vacinadas no país contra a doença, até 10 de Junho.
"Quase metade do país foi vacinado e Angola recebeu 11.635.800 vacinas. Foram feitas campanhas de vacinação em massa em todos os municípios de Luanda, em sete distritos de Benguela, em cinco distritos de Cuanza Sul, cinco municípios do Huambo, três distritos de Huíla e dois do Uíge", refere a OMS.
Estas campanhas recorrem ao apoio dos militares e contam com o apoio financeiro da comunidade internacional para a aquisição de vacinas, tendo arrancado em Luanda, foco da epidemia, nos primeiros dias de Fevereiro.
Segundo informação da OMS, que apoia tecnicamente e financeiramente esta operação, a vacinação foi alargada a outros dois distritos da província da Lunda Norte e um na província do Zaire, nos três casos junto à fronteira com a República Democrática do Congo, que já confirmou a importação de casos de febre-amarela do país.
"Estão a ser programadas campanhas de vacinação em massa, adicionais, nessas e em outras províncias, incluindo Cuando Cubango, Cunene e Namibe. A vacinação reactiva teve lugar na cidade de Cafunfu [Lunda Norte] e da cidade de Lubango [Huíla], entre outros", afirma a OMS.
Segundo aquela organização das Nações Unidas, entre 5 de Dezembro e 10 de Junho, foram contabilizados 3.137 casos suspeitos de febre-amarela, dos quais 847 confirmados laboratorialmente.
"Os desafios actuais incluem a necessidade de fortalecer a resposta à epidemia a nível provincial e resolver questões de saúde nas fronteiras", refere a OMS, acrescentando que também vão avançar operações para "completar a vacinação" total em áreas de baixa cobertura de Luanda e Benguela.
